Foto: Reprodução/Redes sociais
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Com informações do g1

A Corte de Apelações da Califórnia manteve a decisão que condenou o Distrito Escolar Unificado de El Segundo (ESUSD) a pagar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) a Eleri Irons, ex-aluna que sofreu bullying grave entre 2017 e 2018. Aos 21 anos, a jovem relatou que as agressões psicológicas e ameaças de morte – incluindo uma petição intitulada “Let’s kill Eleri Irons” – levaram-na a desenvolver transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e episódios de automutilação.

Em 2022, um júri já havia considerado o distrito negligente por ignorar os pedidos de ajuda de Eleri e de seus pais, tratando o caso como “drama adolescente”. A indenização foi dividida em US$ 700 mil por danos passados e US$ 300 mil por danos futuros. A defesa do ESUSD recorreu, mas a Justiça rejeitou os argumentos nesta semana, confirmando a sentença.

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Falhas institucionais e impunidade

Documentos do processo revelaram que a então diretora Melissa Gooden mentiu ao afirmar ter acionado a polícia sobre a petição – a ligação só ocorreu quando o pai de Eleri foi à escola cobrar ações. A defesa da vítima alega que a agressora foi protegida por ter “conexões políticas e financeiras” com a instituição: sua mãe era doadora do colégio e membro do conselho municipal. Mesmo após as ameaças, a estudante não foi suspensa e apareceu na primeira fileira da formatura, o que a família classificou como “traumático”.

“Todos falharam — não apenas com minha cliente, mas também com os agressores e com todos os outros estudantes”, declarou a advogada Christa Ramey. “Quando administradores não agem, são corresponsáveis.”

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Mudanças pós-condenação

Após a decisão judicial, o distrito criou duas vagas adicionais para profissionais de segurança e revisou protocolos contra bullying. A ex-superintendente Melissa Moore, que deixou o cargo em 2024, afirmou em 2022 que a instituição “respeitava a decisão da Justiça”.

Atualmente cursando História na Universidade de San Diego, Eleri celebrou o desfecho: “Finalmente fui levada a sério. Espero que minha história faça as escolas agirem diferente da próxima vez.”