luciano duqueO prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), caso seja reeleito; não quer levar um ‘baú de débitos’ para 2017, e lembrou que a ‘herança’ que recebeu do ex-prefeito Carlos Evandro, pesa nas contas públicas até hoje. Ao ser questionado pela reportagem do FAROL, sobre a negociação com os professores municipais, que reivindicam o pagamento do novo piso salarial autorizado pelo Governo Federal, o petista abriu o verbo.

“O governo vai oferecer aquilo que pode realmente oferecer. Não adianta. Eu não posso deixar débitos e estou fazendo um esforço enorme para não deixar débitos. Quando eu assumi, peguei um débito enorme que prejudicou todo o nosso governo. No custeio do nosso governo. Porque quando você assume com R$ 15 milhões de débito, é a mesma coisa de você ser dona de casa, arrumou um emprego, ganha um salário, mas já devia um ano de salário atrasado. Então, como é que consegue equilibrar estando com contas para pagar? É difícil. A gente tem feito um sacrifício enorme, porque tudo que se faz tem dinheiro do município”, declarou Luciano Duque, falando das contrapartidas nas obras federais.

Segundo ele, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) veio 13, 5% a menor com relação ao mesmo período do ano passado, e já acumula déficit na ordem de 24%. Ainda durante a entrevista, o prefeito provocou a categoria que encontra-se em estado de greve, a manter um canal de entendimento e diálogo com a gestão.

“Eu sou daqueles que pregam o bom senso e o entendimento. Não adianta a gente se esgarçar. Nestes três anos tivemos uma relação profícua. Se não tivermos equilíbrio para construirmos um consenso agora, quem perde é a sociedade e eu não creio que este seja o sentimento da categoria. Você anunciar aquilo que não pode fazer é muito pior”, declarou Duque, fazendo um apelo aos professores.

“Então, peço que todos nós, neste momento, tenhamos a humildade de construir com muita sabedoria  os caminhos porque a sociedade não pode ser penalizada com proposta de greve. Não que não seja um instrumento legítimo. Nós respeitamos este caminho, mas o momento é outro no País com problemas de toda ordem”.