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Marcelo Camacho e Jorge Macedo saíram de Roraima para fotografar a caatinga/Foto: Alejandro Garcia

Jorge Macedo, 59 anos e Marcelo  Camacho, 47, saíram do estado de Roraima, na região Norte; com o firme propósito de mergulhar na caatinga nordestina. Foram 4.983 quilômetros rodados até chegar em Serra Talhada. Apaixonados pela fotografia e especialista nas arte de fotografar pássaros em extinção; Macedo e Camacho chegaram a Capital do Xaxado pelas mãos de um outro apaixonado pela arte: o jornalista e fotógrafo Álvaro Severo. Na mira, levar imagens de uma pega de boi na caatinga para o estado de Roraima. Em seguida, a dupla segue para registrar a Missa do Vaqueiro, em Serrita.

“Trocamos uma ideia com Álvaro e ele organizou toda essa produção para a gente, é fazer uma pega de boi na caatinga, nós queremos registrar isso e esses registros do vaqueiro na caatinga eu quero levar para Roraima e quem sabe daí vai nascer um projeto de levar a raiz dos vaqueiros nordestinos que é a pega de boi na caatinga, quer dizer a coisa mais autêntica do vaqueiro nordestino e levar para Roraima, para que os índios possam ver; porque eles hoje são os vaqueiros no extremo norte, porque  aprenderam com os fazendeiros que eram vaqueiros, que lidavam com gado. Eu quero mostrar para eles, os índios; de onde veio essa cultura, essa pega do boi na caatinga. Lá nós não temos caatinga, temos os campos que é completamente diferente, eles vão ver que com muito sacrifício dos nossos vaqueiros essa cultura acabou chegando lá e eles hoje são vaqueiros no extremo norte”, declarou Jorge Macedo, que é natural do Ceará.

Já Marcelo Camacho é paulista de nascimento, mas reside em Roraima há alguns anos. Para ele, Serra Talhada foi o primeiro contato com a região Nordeste. Questionado que imagens poderia levar para Roraima, Camacho foi taxativo. “É difícil dizer qual é a fotografia porque foram muitas as surpresas, mas eu gostaria de levar boas fotos das aves daqui, gostaria de fotografar de uma forma bem fiel a caatinga que não é tão seca quanto eu pensava com um sol, um cacto no meio da foto, mas essa imagem já não existe mais, vou levar outra imagem daqui”, disse Maciel Camacho, encantado com as cores do Sertão. “A gente está em um período especial que ela (a caatinga) está mais verdinha, mas eu nunca imaginava que em algum período do ano ela ficasse tão verdinha e muito menos que tivesse uma riqueza de fauna tão grande não só de ave, mas de outras espécies também”, declarou Camacho.

O jornalista Álvaro Severo registrou o trabalho de Camacho e Macedo na zona rural

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