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Fotos: Alejandro García / Farol

A Prefeitura Municipal de Serra Talhada, através da secretaria de Desenvolvimento Econômico, realizou na manhã desta quinta-feira (5) uma ação de panfletagem no pátio da feira livre. Em parceria com o Ministério Público, o governo municipal aplica um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nos feirantes que apresentam situação irregular e ainda os vendedores ambulantes que voltaram a ocupar as calçadas do centro. A aplicação do termo gera desconfiança nos feirantes que cobram fiscalização, do contrário os vendedores voltarão às ruas e calçadas.

O FAROL conversou com Thehunnas Peixoto, Controlador Geral do Município que nos deu detalhes sobre o termo “Essa ação está acontecendo há vários dias, desde a intimação de pessoas; a convocação por meio de edital para regularizarem a sua situação interna aqui no pátio da feira; e hoje nós começamos a parte educativa que visa exatamente, que essas pessoas, esses permissionários procurem esse espaço para realmente começarem a comercializar. Nós temos permissionários aqui que têm os boxes fechados, servindo de depósitos e não está servindo para o fim específico que é a comercialização de bens e produtos. Vale ressaltar que algumas pessoas que têm boxes e estão comercializando na área externa da feira”.

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Segundo Thehunnas Peixoto a principal meta do TAC é a desobstrução das vias e das calçadas públicas que estão sendo novamente ocupadas por vendedores ambulantes e donos de lojas que expandem o negócio até a calçada. Desde a criação do pátio da feira que a prefeitura busca dar um fim ao comércio ambulante nas calçadas do Centro de Serra Talhada, alegando que essa modalidade atrapalha a mobilidade urbana, a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, os idosos e a população em geral.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou também com os feirantes para perceber o impacto desse comércio ilegal fora do pátio e a opinião deles sobre as ações promovidas pela prefeitura para tentar sanar esses problemas. O vendedor de redes, Eraldo Souza, 55 anos, trabalha no pátio da feira há seis anos e acredita que a intervenção da prefeitura é justa. “Se é para vir para cá o certo é que todo mundo venha, lá o cliente chega primeiro. É muito importante fazer com que todo mundo pague imposto direitinho, mas tem que ficar assim para todo mundo”.

A vendedora Zuleide Duarte, 48 anos, foi mais dura e nos falou sobre as dificuldades que tem enfrentado desde que a feira livre foi realocada. “Quando a feira era lá em cima eu tinha 3 carros, distribuía tempero para os outros feirantes, pagava aluguel de armazém para guardar a mercadoria e depois que viemos para o pátio eu tive que vender tudo para pagar as dívidas. É muito difícil aqui! É ótimo que a prefeitura traga quem está nas calçadas para cá, mas não adianta nada se não manter, porque eles trazem, só que o povo volta com dois, três dias. Não tem fiscalização, não tem nada. Eu pago imposto e eles não, tem trazer para ficar realmente”, denuncia Zuleide.

DSC_0056A vendedora Zuleide Duarte espera uma postura mais dura da prefeitura para manter os vendedores no pátio da feira

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