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Fotos: Kecya Freire / Álvaro Severo

A partir do ponto de vista dos movimentos sociais de Serra Talhada, grupos de estudo da UFRPE/Uast discutiram as desigualdades sociais ainda enfrentadas pela população negra no Brasil, mesmo passados 350 anos da abolição da escravatura. Nessa terça-feira (24), o dia 13 de maio foi lembrado como dia de luta, e não de negro, pelos debatedores da mesa de diálogo: Cícero Alexandre, representando o Movimento Negro pela Igualdade Étnico-racial, e Manu Silva, representante do Coletivo FUÁH e repórter do FAROL.

DSC_0072As falas contaram a partir de experiências pessoais e na militância como as entidades de movimentos negros estão lidando com o racismo na atualidade. Cícero também enfatizou que a história escravocrata de Serra Talhada é desconhecida. “A história da nossa cidade é contada a partir dos 165 anos de emancipação, mas se você ver, muitos antes já haviam procriadores de negros no Exu Velho e mais outro que eram levados para o senhor das terras no Agreste. Nós só reconhecemos a igreja construída pelos pretos ano passado”, explicou.

O Coletivo FUÁH se fez presente também com demais representantes que colaboraram para o debate sobre apropriação cultural e o protagonismos dos indivíduos em meio os movimentos. “Sugerir que uma mulher branca não use um turbante durante um encontro de cacheadas, por exemplo, não é segregação. É apenas uma questão de protagonismo. As pessoas têm que reconhecer os elementos de uma cultura para se fazer uso dela. O que o movimento negro quer dizer com a apropriação cultural é preservar para não banalizar”, disse Kecya Freire.

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