A barragem de Serrinha, na zona rural da Capital do Xaxado, foi iniciada em 1955, paralisada em 1963 e inaugurada em 29 de março de 1996, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), num ato que, diante de como a obra se encontra hoje, não passou de demagogia política. 

Durante todo este período, lideranças políticas de Serra Talhada abusaram do verbo “prometer”, usando a barragem como mote de criação de lotes empresariais, geração de emprego, renda e fornecimento de energia elétrica para o homem do campo.

No grande ato inaugural, chamou a atenção trechos do discurso do presidente FHC: “Venho inaugurar essa obra para mostrar ao Brasil que o Nordeste é a solução”, disse o presidente, complementando: “A chuva que já começou vai encher logo este açude.Vamos irrigar a terra, produzir e dar comida para o povo do Nordeste”. O trecho do discurso também serviu para elogiar o deputado Inocêncio Oliveira (PR), considerado um dos “pais da obra”.

O tempo passou e em 1998, o então candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou Serrinha e soltou mais esta peróla. “Isso aqui é um crime contra a humanidade, porque não está se respeitando à vida. Não tem um pé de tomate plantado e o povo passando fome”.

Passados oito anos do governo Lula, a Barragem de Serrinha continua com o mesmo perfil. Muito desperdício de água, ausência de produção e reforma agrária. O que existe de fato, ainda, é pobreza ao redor. Até hoje não saíram do papel metas importantes como a irrigação de 4 mil hectares de terra, a produção de 550 toneladas por ano de pescado e a geração de 8.400 empregos diretos. Sobraram votos, senhoras e senhores… faltaram frutos.

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