Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues

Publicado às 18h00 desta segunda-feira (28) – Atualizado às 18h39

Preocupado com a manutenção dos serviços públicos em Serra Talhada durante a greve dos caminhoneiros, que já acontece há oito dias, o prefeito Luciano Duque decretou estado de emergência no município, instaurou um comitê de crise e se reuniu com empresários, donos de postos de combustíveis e a diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) nesta segunda-feira (28).

Durante coletiva de imprensa, o gestor comunicou que muitos dos produtos de hortifrutigranjeiros já estão em falta no comércio serra-talhadense.

Como medidas urgentes estão suspensos, por tempo indeterminado, as aulas de todas as instituições da Rede de Ensino Municipal (REM). Já os serviços de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) só estão garantidos enquanto houver garantia dos fornecedores de combustível.

O gestor assegurou que a coleta de lixo está assegurada até esta quinta-feira (31).

De acordo com Duque, um gabinete de crise foi instaurado, reunindo membros e secretários do governo, para gerenciar as atitudes emergenciais que serão tomadas.

“A ideia é que se forme um comboio para pegar combustível para região e serão criadas alguns polos pelo estado para distribuição, cidades como Serra Talhada, Afogados, Arcoverde, Salgueiro. Mas isso não está assegurado ainda, a diretora da Amupe, Débora Almeida (prefeita de São Bento do Una), que está tentando garantir o transporte com o Exército Brasileiro de um caminhão com combustível para Serra Talhada. Uma das medidas que já está acertada com R$ 15 mil litros de combustível para atender toda a região, mas isso é insuficiente para atender os serviços”, analisou o prefeito, completando:

“Esse combustível não vai ser comercializado para a população, e estamos preocupados com desabastecimento da população porque vai faltar gás para cozinhar. Vamos procurar economizar o gás, o combustível que ainda resta porque nós não sabemos exatamente o que vai acontecer. Eu vejo com muita preocupação e gravidade esse momento, estamos suspendendo as aulas pela incapacidade de manter o serviço, são 70 transportes de alunos e professores. Não nos resta outro caminho a não ser agir de forma preventiva. A gente espera que as categorias que estão se manifestando, por um direito legítimo, tenham a compreensão que não podem prejudicar a população”.