Após matéria do FAROL DE NOTÍCIAS com o depoimento de uma mãe afirmando que sua filha de seis anos teria sofrida violência psicológica e maus tratos em uma escola da zona rural de Serra Talhada (releia), a professora Ana Maria Xavier de Moraes, 48 anos, que leciona há 26 anos, apontada como autora  da agressão, procurou a nossa reportagem e confirmou que vai processar a mãe, Isailda Gomes da Silva, por calúnia.

Na semana passada, ela prestou queixa contra a genitora da criança. Segundo a professora, apenas colocou a menina de joelhos durante uma dinâmica na aula, mas negou o fato de tê-la pego pelo braço e sacudido.

Ana Maria Xavier afirma que não houve violência e que a acusação da mãe tem fundamento pessoal e não profissional.

“Eu dou aula na escola há seis anos e nunca tive esses problemas. Na segunda-feira (8) estávamos fazendo uma dinâmica e quem errasse pagava uma prenda, botar o joelho no chão. Na terça chegou essa mãe, com uma filha e outro filho e invadiram a sala. Começou a me xingar dizendo que eu tinha humilhado e constrangido a filha dela, eu pedi que ela se retirasse da minha sala e ela ficou me acusando. Então eu sai e ela saiu da sala, quando eu voltei para dar minha aula, a filha adolescente veio e eu bati a porta na cara dela. Pedi para a professora da sala vizinha ficar com a filha dela na sala”, disse a Ana Xavier.

MEDIDAS

Ainda de acordo com a professora, ela também procurou o Conselho Tutelar e em seguida prestou queixa na Delegacia.

“Na quarta-feira eu liguei para a mãe para conversar e ver se ela estava mais calma. Vim até o Conselho Tutelar e eles disseram que é caso de polícia, fui até a delegacia e denunciei ela por estar falando coisas que não aconteceram no meu trabalho. Disse ao delegado que eles deviam ouvir a menina e fazer um exame de corpo de delito no Hospam para comprovar que houve agressão. Nada disso que ela contou é verdade, eu realmente tirei uma licença de dois meses. A minha substituta é estudada e tem magistério, tem como assumir a turma”, finalizou.

A secretaria de Educação informou a reportagem do FAROL que marcará uma reunião com a família da aluna e a professora em questão, além da comunidade escolar, para saber o que aconteceu e tomar as providências cabíveis.