Após receber inúmeras denúncias sobre um possível esquema de pirâmide financeira, o Procon de Pernambuco decidiu abrir um processo administrativo contra a empresa Telexfree. “Com a abertura do processo eles [os donos da Telexfree] terão o direito de defesa, mas o prazo para entrega da documentação já está no fim”, contou José Rangel, coordenador-geral do Procon de Pernambuco.

O advogado da Telexfree, Horst Fuchs, afirmou, na última sexta-feira, que a documentação solicitada pelo órgão de defesa do consumidor pernambucano será apresentada até o final desta semana. Caso as investigações realizadas pelo órgão comprovem a formação de uma pirâmide, a empresa poderá ser multada em até R$ 4,5 milhões.

As denúncias levaram a justiça a interditar a empresa em todo o Brasil no último dia 18. Sendo assim, a Telexfree está proibida de efetuar novos cadastros de divulgadores e de efetuar pagamentos aos já cadastrados, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por cada novo cadastro ou pagamento.

Os bens de Carlos Costa e Carlos Wanzeler, sócios da Ympactus Comercial Ltda, razão social da Telexfree, também estão indisponíveis.

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa. Segundo informações do órgão, denúncias apontam que a Telexfree estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade enganosa e abusiva.

( Do Blog do Magno)