LUPAPara receber a Copa do Mundo de 2014, o Recife passaria por reformas em variadas áreas. Na mobilidade, por exemplo, os planos vinham desde cortar a Região Metropolitana por grandes corredores exclusivos para Bus Rapid Transit (BRT), até viabilizar a navegação pelo Rio Capibaribe. Quase dois anos depois, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) investiga o superfaturamento das obras, o desperdício do dinheiro público e o abandono do serviço

A conselheira do TCE Teresa Duere acredita que o legado deixado pela Copa foi de problemas. “Eu acho que a Copa deixou um legado de muitos problemas e temos que enfrentá-los. Deixou um pouco de desânimo da população em relação ao que foi vendido como mobilidade, não é? O Tribunal tenta buscar de toda forma que o cidadão tenha menos dano e que consiga o estado, através do governador Paulo Câmara e da sua equipe, terminar algumas obras que são fundamentais”, afirmou a conselheira.

Orçados em mais de R$ 150 milhões, os corredores Norte e Sul ainda não estão prontos dois anos depois – mais de R$ 50 milhões já foram pagos pelas obras. O corredor da BR-101, que ia ligar os terminais Leste/Oeste e Norte/Sul, nem saiu do papel. O dinheiro foi depositado na conta do estado, mas os engenheiros depois descobriram que um gasoduto passa pelo meio da rodovia e o trabalho não poderia ser feito.

Já os BRTs passaram a operar na capital pernambucana. Apesar do projeto ter ficado quase pronto, as vias de trânsito rápido nem sempre tem pista exclusiva, o que prejudica alguns trajetos. Em alguns trechos, as paradas sequer ficaram prontas, o que impossibilita que o veículo pare para pegar passageiros. Os Terminais Integrados de Abreu e Lima e Caxangá estão quase prontos, mas seguem abandonados.

Do G 1