A bancada de oposição na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) reagiu à tática do governo de não enviar informações sobre um suposto esquema de superfaturamento na compra de medicamentos pela Secretaria de Saúde. Nesta terça-feira (9), os vereadores ingressam com um pedido de investigação junto ao Ministério Público Federal (MPF), para que sejam requisitados os mapas de licitações e planilhas de todas as compras de medicamentos realizadas desde o início da gestão do prefeito Luciano Duque (PT). Os vereadores também querem as cópias das notas fiscais nestes dois anos.
No documento que será enviado ao MPF, os vereadores ratificam que a própria Secretária de Saúde, Márcia Conrado, alertou a Câmara sobre a existência de um suposto esquema na compra de medicamentos, envolvendo, inclusive, a empresa JJ Distribuidora de Medicamentos.
Na argumentação assinada pelos vereadores Gilson Pereira (PSD), Márcio Oliveira (PTN), Cição (PRP), Leirson Magalhães (PSB) e Francisco Pinheiro (PTB), a bancada justifica o pedido de investigação alertando sobre a possibilidade de ter sido praticado crime contra o patrimônio público.
“Agora o governo não fala em superfaturamento e sim em reajuste dos preços. Só uma das compras ultrapassa R$ 300 mil. Por isso que estamos acionando a Justiça Federal. E não adianta fazer falcatruas em notas fiscais, pois vamos pedir, também, o exame grafológico nas notas. Se não tiver nada, parabéns, mas esta denúncia precisa ser investigada”, disparou o líder da oposição, Gilson Pereira, durante pronunciamento na tribuna da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (8).
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