
O aumento de 13,01% está de acordo com as regras de cálculo do piso nacional. De acordo com a Lei 11.738 de 2008, o reajuste dos profissionais da educação básica deve obedecer a uma variação do que foi gasto com cada aluno em 2013 e 2014, por meio dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Nos dois últimos anos, o valor passou de R$ 2.022,51 para R$ 2.285,57.
Membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Luiz Araújo comenta que o aumento dos salários dos professores está entre os objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE) e deverá ser cumprido até 2020. “Segundo a meta 17, é preciso valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE”, explica.
Insatisfação de prefeitos e governadores
Diante da possibilidade do aumento acima da inflação, prefeitos e governadores têm demonstrado insatisfação. A Confederação Nacional dos Municípios reivindicou, por meio de nota, a revisão do critério vigente de reajuste do piso dos professores, “pois o mesmo tem implicado aumento muito superior à inflação e ao crescimento das receitas municipais”. A entidade alega que, em 2013, o então governador do Ceará Cid Gomes assinou, junto com todos os demais governadores, ofício enviado à Presidência da República com a proposta de novo critério de reajuste do piso.
Em Serra Talhada
Em Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque adiantou, em entrevistas à imprensa, que 2015 será um ano de difícil negociação de salários com os professores, sinalizando que está preparado para o embate político com a classe de servidores municipais da educação.
Farol com Diário de Pernambuco
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