Por Paulo César Gomes, Professor e Historiador

Em tempos de execuções sumárias, com fuzilamentos e degolações. Onde conflitos armados proliferam-se em diversas partes do mundo, fazendo vítimas milhões de inocentes. No mundo onde o capital e os interesses financeiros se sobrepõem as necessidades básicas de sobrevivência da humanidade, assim como, os princípios religiosos são usados para matar impiedosamente. É em meio a tudo esse cenário desolador que surge uma voz mansa, mas com a força de um pacificador, de um legitimo líder revolucionário.

Ao pouco menos de dois anos o mundo conhecia o Papa Francisco, de origem italiana, mas com a vida sacerdotal basicamente excedida na Argentina. O primeiro Papa latino-americano vem fazendo uma revolução nas estruturas conservadoras da Igreja Católica.

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Uma instituição que nos últimos anos vinha se fechando para os problemas da sociedade. Hoje, sob o comando de Francisco, a Igreja assumiu o papel de protagonista na busca pela conciliação entres os povos, seja entre religiões antagônicas, seja entre posições políticas divergentes, a exemplo da reaproximação entre Estados Unidos e Cuba.

As reflexões do Papa Francisco vão muito além da consolidação da Igreja Católica como instituição histórica, elas nos remetem as pregações feitas por São Francisco de Assis, e pelo próprio Jesus Cristo, que entre outras coisas condenaram uso da fé para fins meramente financeiros, e pregaram a fé como elemento de convencimento, aceitações e convicção. E que a parti dai será possível a convivência harmoniosa entre os que se manifestam de forma diferente, seja com pensamentos ou ações, bem como fez Jesus ao perdoar Maria Madalena e impedir que ela fosse apedrejada.

O Papa, assim como Francisco de Assis, é um ser que não se apega ao luxo, e clamar por Igreja que se aproxima da pobreza. Gesto como esse, e como o chamamento a juventude mundial, para que assumam o seu papel como legítimos revolucionários, nos revela que estamos diante de uma liderança mundial singular, e em um momento dos mais importantes da história. Estamos diante de homem que veio para fazer uma revolução! Religiosa e social!

Um forte abraço e até a próxima!