Fotos: Alejandro Garcia /Farol
Nessa segunda-feira (20) a pediatria do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, viveu um dia de caos. Crianças ficaram sem atendimento médico por cerca de sete horas e até a Polícia Militar foi chamada por funcionários do hospital temendo um tumulto generalizado. A reportagem do FAROL conversou com algumas famílias que fizeram relatos de mau atendimento.
“Eu estou com meu filho de apenas cinco anos de idade com febre e urinando sangue. Cheguei por volta do meio dia e estamos sem almoçar, eu o meu filho e a minha esposa. Fui pedir providências porque até esta hora (16h) não recebemos atendimento e o que fizeram foi chamar a Polícia Militar. Será que vão me prender porque estou pedindo atendimento médico para o meu filho”, disse Givaldo Izidório Cordeiro, morador do município de Flores, dizendo que estava se sentindo ameaçado.
Já a dona de casa Maria da Penha dos Santos, 32 anos, levou o filho com tosse e febre e esperou ser atendida após cerca de quatro horas. “A pediatria está cheia e a informação que nos deram é que o médico plantonista estava atendendo uma emergência longe daqui”, lamentou. Diante a falta de atendimento e respostas, algumas mães correram para fazer exames fora do hospital e tentar agilizar a consulta.
“Paguei exame e constatei que as plaquetas do meu filho estão em 42 e ele está com febre e tontura. Estamos esperando o médico e até agora nada”, reforçou Joseane de Sousa Melo. Ainda durante o tumulto, um policial militar queria impedir o trabalho do repórter fotográfico Alejandro Garcia, que rebateu a ação do militar.
“Eu estava trabalhando e o policial exigiu que eu mostrasse as fotos que eu estava tirando. Isto não existe porque a polícia não pode, sob nenhuma hipótese, interferir no trabalho da imprensa. Neguei o pedido e mandei procurar a redação do FAROL via ofício”, relatou Garcia.
O OUTRO LADO
A reportagem conversou com a assistente social do Hospam, Andrea Barros, que justificou a confusão na unidade de saúde.
“O médico teve que se ausentar em função de uma intercorrência com um recém nascido em outro hospital. Portanto, foi juntando gente e acabou gerando o tumulto. Tive informações que as próprias mães acionaram a polícia com medo que o tumulto aumentasse. Mas tudo foi resolvido e o médico retomou o atendimento a partir das 17 horas”, explicou Andrea Barros.

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