
Oficialmente, o discurso é que o presidente em exercício não vai interferir na agenda do Legislativo. Nos bastidores, porém, a avaliação é que todos os recursos serão usados para garantir que a votação não se arraste para setembro. A tese defendida no Palácio do Planalto é que o atraso na definição política atrapalha o desenvolvimento econômico, emperra a entrada de investidores, além de provocar uma paralisia na agenda do Senado. Caso o processo não seja resolvido a tempo da viagem, Temer cogita enviar um emissário.
Ex-ministro de Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defendeu que senadores decidam quem deve representar o país no exterior. “Essa viagem deve ser feita com presidente titular, e o Senado tem de que decidir se será Temer ou Dilma. Não é possível chegar um presidente desautorizado para tratar com os maiores líderes do mundo no G-20.” Jucá ressaltou ainda que, se preciso, os senadores devem trabalhar no fim de semana para concluir o processo. “Entre fazer piquenique no fim de semana e decidir o destino do Brasil, tenho certeza de que maioria optará por decidir o futuro do Brasil”.
