O prefeito Luciano Duque (PT) rebateu a provocação do secretário estadual de Saúde, Iran Costa, que em visita a Serra Talhada (veja) nessa quinta-feira (11) lembrou que o Governo do Estado só espera a iniciativa do município para tocar o Samu, que segue desativado. A central de regulação ficou pronta em dezembro de 2014. Iran Costa disse que se o prefeito do PT quiser mesmo, o governo Paulo Câmara está pronto para ajudá-lo a abrir o Samu “amanhã”, mas reforçou que isso depende primeiro da boa vontade do município.
Em contrapartida, o prefeito em contato com o FAROL por telefone, devolveu alertando que a gestão estadual deveria fazer a sua parte quanto a repasses na área de saúde para Serra Talhada. “Ele (Iran Costa) nos cobra o Samu e não repassa os recursos para assistência farmacêutica dos anos 2014, 2015 e 2016 para compra de medicamentos e sabendo ele que essa solução passa por uma estratégia regional depende de 35 municípios e da articulação do estado”, devolveu Luciano, reforçando: “O Ministério da Saúde tem afirmado categoricamente que os recursos do Samu acabam em setembro. Temos vários municípios com atrasos nos repasses. E mais: o Governo Federal anunciou que não está credenciando novos serviços pois não há recursos”.
Luciano lembrou ainda da responsabilidade que tem a Compesa de cuidar do saneamento público na Capital do Xaxado e voltou a dizer que encontrou a prefeitura com sérias dificuldades financeiras. “Faço analogia com o caso do saneamento – com a Compesa. Com o tempo às responsabilidades de cada ente serão expostas e aí sim o povo haverá de entender que as nossas razões estão corretas. Continuamos dizendo: enquanto muitos cortam serviços para a população nós temos é entregado mais. É preciso entender que o país vive uma crise sem precedentes. A nossa terra não é diferente. Assumimos a prefeitura com uma previdência falida e com o maior rombo da história”, alertou o prefeito, justificando-se:
“Buscamos através de planejamento reestruturar essas dívidas e construir uma solução de longo prazo para previdência própria pois não existem soluções mágicas. Transformamos nossa cidade em um canteiro de obras. Tínhamos certeza que em dois anos de gestão chegávamos ao reequilíbrio total , no entanto o país entra em crise e aí somos pegos de surpresa e mesmo assim apesar das dificuldades estamos enfrentando essa situação de cabeça erguida”.
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