EDITORIAL: Um debate propositivo urgenteHá mais de um ano de chafurdação político-eleitoral onde o  máximo que conseguimos foi a criação de neologismo como “sebaxarias” e “bodexeiros”, ouso a propor que iniciemos, desde já, um debate propositivo sobre o futuro de Serra Talhada. Faço esta provocação porque estou convencido que não há espaço para o debate ideológico do ponto de vista de confronto de ideias e nem mesmo do levante de bandeiras de lutas históricas dos que resistem. É muito simples: os dois candidatos que ora se enfrentam foram gerados na mesma incubadora. Até pouco tempo, por exemplo, o petista Luciano Duque foi coordenador da campanha do deputado Sebastião Oliveira rumo à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Inclusive, com o reconhecimento público de Inocêncio e Sebastião Oliveira. Até pouco tempo o referencial de Luciano Duque foi o deputado Sebastião e sobraram elogios de Inocêncio ao ex-aliado. Enfim, eram irmãos siameses com único cordão umbilical que  foi cortado de forma tramáutica. Portanto, o pleito de 7  de outubro é bem maior que as agressões diárias que são postadas neste FAROL. Quem ousar “ferir” o outro se arrisca atingir a própria matriz que o gerou. Será um dilema “kafkiano”? Acredito que é chegada a hora de mudarmos o rumo da bússola e inserir um debate propositivo pela nossa “pátria” Serra Talhada. O que queremos para as nossas periferias? O que propomos para a nossa juventude além das festas da vida? Qual o projeto que queremos para dinamizar o plano de mobilidade urbana da cidade?  Queremos uma cidade com um rosto ambiental mas com um periscópio alerta para geraçao de emprego e renda? Enfim, sonhamos com algo além do auxílio do Bolsa-Família?

Tenho a absoluta certeza que Serra Talhada está vivendo um momento único em função de um novo cenário de coalizão das forças políticas. Além disso; temos dois candidatos com experiência e sabedoria suficientes para uma boa gestão. O republicano Sebastião Oliveira já provou que tem capacidade de gestão quando esteve a frente da  Secretaria de Transportes do Governo do Estado. Tem desenvoltura e é articulado com os poderes. Portanto, tem sim as condições necessárias de fazer um bom governo, caso seja eleito. Da mesma forma o vice-prefeito Luciano Duque, que nestes sete anos de gestão do prefeito Carlos Evandro escreveu um novo manual para a postura de vice. Foi leal, dinâmico e propositivo. Luciano foi ao mesmo tempo cérebro e correia de transmissão dos movimentos sociais. Quem ousa  contestar os  índices de popularidade do prefeito Carlos Evandro, que foi reeleito e chega como sendo um “ás” na manga nestas eleições?

É por estas e outras que tenho esperanças de uma Serra Talhada com um desenho diferente a partir de janeiro de 2013. Independente do vencedor. Cabe, agora, os eleitores saírem das agressões gratuitas; das sebaxarias e bodexerias, e propor um debate alternativo e propositivo. Por amor à Serra Talhada!