Hospam tem dificuldade com 'velhos vícios'

Publicado às 10h03 desta terça-feira (8)

O diretor do Hospam em Serra Talhada, João Antônio Magalhães, revelou que tem enfrentado dificuldade para mudar ‘vícios’ de alguns médicos antigos dentro da unidade. Falando ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, ele deu ‘graças a Deus’ pela chegada de novos obstetras no hospital acreditando que a equipe irá trabalhar de uma forma totalmente diferente daqueles acostumamos com ‘velhos hábitos’ que acabam prejudicando a imagem do Hospam.

“Felizmente tiveram novos chamamentos de novos profissionais por parte do Governo do Estado [para o Hospam] e a gente sabe que cultura, e conceitos e hábitos antigos de determinados profissionais é difícil mudar. Pode vir A, B ou C você não consegue mudar. Mas graças a Deus que teve concurso novo aí, já chegaram três obstetras novos… Graças a Deus. E aí o final de semana da gente está tranquilo. A gente está conseguindo fechar a escala de domingo a domingo [com pediatras]. Amanhã [hoje, 8] é o ato de posse de mais 7 médicos obstetras, e essa equipe está vindo está disposta a atuar com novos hábitos, sem velhos vícios”, festejou.

SEM PULSO FIRME

João Antônio foi indagado a analisar as críticas que tem recebido sobre não ter pulso firme com certos médicos que continuam gerando denúncias de negligência no Hospam. Segundo ele, “quem tem boca fala o que quer”. O diretor chegou a convidar àqueles que lhe criticam a passar ao menos um dia na sua pele para ver que não é nada fácil lidar com vidas.

“Aí às vezes a pessoa não vê o outro lado e não conhece. Já cansei de dizer: quem quiser saber como é [difícil o meu trabalho], venha passar um dia comigo lá na direção, porque realmente vai ver como é a rotina de um hospital, eu não estou lidando com papel ou parede não. Estou lidando diretamente com vidas. Você mesmo tem visto, que nos últimos anos questões denúncias caíram drasticamente. Vez ou outra que aparece uma. Está aparecendo agora por causa dessa questão do desabastecimento [de medicamento] e aí termina vindo à tona [as denúncias”, explicou, reforçando:

“Se acham que estou fazendo um trabalho errado, se a população acha que não estou fazendo um trabalho correto, a imprensa se tivesse visto alguma coisa errada de minha parte já teria dado, se tivesse problema a imprensa já teria exposto. Sempre falar da vida do próximo é muito fácil. Agora viver a realidade e vim passar [junto comigo] essa realidade é diferente. Tem 3 anos e 10 meses que estou na direção e nesse tempo eu passei 2 anos sem direção médica, era eu quem respondia pela direção geral e pela direção médica, enfim, terminava tudo ficando comigo. E a partir de janeiro [de 2019] desse ano entrou uma direção clínica, que responde pela parte médica, e a gente começou a dividir o trabalho”.