O presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), Zé Raimundo Filho (PTB), deixou claro, durante entrevista ao programa Câmara em Debate, nesta sexta-feira (22), que a casa legislativa não abdicou de cobrar a realização de concurso público para os quadros do poder executivo. O petebista justificou a aprovação – no início da semana, por 9 x 5 (leia aqui) – do projeto enviado pelo prefeito Luciano Duque (PT) que prevê 892 contratações temporárias de interesse público. Conforme estudo de impacto financeiro enviando pela prefeitura, os novos contratos oneram a folha em quase R$ 900 mil (leia aqui).
“Não abdicamos do concurso público. No certame instalado no ano passado (quando foram constatadas fraudes) eu, junto com outros vereadores, mostramos nossas preocupações e deu no que deu… Mas não adianta fazer concurso com carta marcada e depois trazer transtorno a quem pagou. Não importa se Luciano (Duque) era vice de Carlos (Evandro). Agora é uma outra gestão e tem a questão legal para que se abra outro processo licitatório. E isso demoraria frente aos serviços essenciais de saúde, educação e assistência social que precisam andar. E daí o objetivo das contratações”, justificou Zé Raimundo.
CONCURSO
O presidente ressaltou que a CMST é favorável pela realização do concurso. “Pois a grande discussão entre todos lá (no momento da votação) era sobre a importância de realização do concurso, sim!”. Segundo Zé Raimundo Filho, a Casa Joaquim de Souza Melo aguarda o envio – pelo governo à CMST – do projeto que propõe uma ampla reforma administrativa, com acréscimos de novas secretarias e cargos, o que vem a fortalecer a tese de aplicação do certame.
“Além da questão do objetivo de não se fazer concurso por fazer, de dá credibilidade à população contratando uma empresa idônea, e isso leva tempo; estamos esperando a reforma administrativa. Como que pode iniciar com um concurso público neste momento se não se sabe como vai se comportar o governo financeiramente após essa reforma? E ainda tem a questão do plano de salários de todos os servidores… Então acho que Casa não foi irresponsável com a aprovação das contratações”, avaliou Zé Raimundo Filho.
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