Publicado às 13h50 desta sexta-feira (4)
O impacto da entrevista do deputado Luciano Duque (SD) admitindo que irá ‘seguir o caminho que o povo indicar’, no ano que vem, caiu como uma bomba na bancada governista na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST).
Quinze vereadores dão sustentação ao governo Márcia Conrado, mas a maioria cresceu dentro do grupo durante os oito anos de gestão de Duque, que sem dúvidas, foi o cérebro para a eleição de Márcia, há quatro anos.
A reportagem do Farol constatou que há um clima de apreensão com a possibilidade de racha entre ‘criador e criatura’. Alguns parlamentares temem, inclusive, não serem reeleitos caso haja a disputa entre Duque e Márcia.
“Isso não interessa a ninguém. Nem aos vereadores, nem à oposição. Eles precisam conversar olho no olho, sem a presença de ninguém, sem vereador por perto, e lavarem a ‘roupa suja’. Tem gente que está gostando disso, mas o prejuízo é para os dois”, disse um parlamentar governista, confessando que irá ficar com Márcia, caso rachem, mas reconhece que não dá para atestar a certeza de uma reeleição.
Já um outro vereador admite o desconforto, afirmando que está no lugar em que Luciano Duque o deixou, quando foi para Assembleia Legislativa, mas pode ter um rumo diferente. Segundo ele, pelo menos metade da bancada pode tomar um rumo diferente no ano que vem.
“Acho que Márcia está ouvindo as pessoas erradas. Privilegiando, por exemplo, muita gente que veio da oposição e esquecendo de nós. Precisa ouvir mais os aliados mais próximos, e não pessoas que têm interesses pessoais, ou movidos por vingança. Isso não está certo”, enfatizou.
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