Mulher vítima de assalto alerta para insegurança em Serra Talhada

Após um grande susto diante de um assalto seguido de assédio e sérias agressões, uma serra-talhadense, de 34 anos, quebrou a barreira do medo e decidiu denunciar um crime o qual foi vítima. Pedindo anonimato por questões de segurança, a mulher contou que foi violentada no início de dezembro de 2023, há cerca de um mês.

Em contato com o Farol de Notícias, a vítima detalhou que estava na casa de amigos e acionou um mototaxista para retornar para casa. Foi para a calçada aguardar, quando foi abordada por dois homens em uma motocicleta, que anunciaram o assalto.

Em seu relato ela relembrou que pensou na filha e lutou contra os golpes de capacete que recebeu de um dos suspeitos com receio de se tornar mais um número de feminicídio na cidade.

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“Após anunciar o assalto ele se aproximou e começou a me revistar, colocou a mão dentro da minha blusa na região dos seios. Eu me assustei e me abaixei, foi quando ele começou as agrassões, ele me deu vários golpes com o capacete até quebrá-lo na minha cabeça. Eu caí no chão e ele começou a me puxar pelo tornozelo, nessa hora eu entendi que ele não queria apenas me assaltar”, detalhou a vítima, continuando:

“Eu lembrei da minha filha na hora, e decidi que ele não iria me matar ou me levar dali. Eu lutei com tudo o que tinha e pedi socorro, chamei pelos meus amigos que estava na casa deles. Foi quando eles ouviram e vieram me socorrer. Ainda houve mais luta, e eles fugiram. Levaram apenas meu celular, mas eu apanhei muito. Fiquei muito machucada fisicamente, e psicologicamente também. Assustada e com receio de desenvolver uma síndrome do pânico”.

ATENÇÃO, MULHERES!

A segurança é uma pauta política que tem sido levantada nos últimos dias diante de casos de agressão, violência contra a mulher, homicídios e feminicídios na cidade. A vítima de violência questiona se as mulheres serra-talhadenses estão realmente seguras nas ruas da cidade.

“Eu já prestei queixa sobre esse caso, fiz exame de corpo de delito e está sendo investigado no inquérito. No entanto, fica o sentimento constante de insegurança de sair na rua. Um mês depois com tratamentos psicológicos para ansiedade e depressão, ainda tenho medo de sair na rua. Quem me garante que não acontecerá novamente? As autoridades precisam pensar com mais cuidado as ações de segurança na cidade, principalmente para nós mulheres”, finalizou.