Trump apoia guerra de Israel em Gaza
Ex-presidente dos EUA Donald Trump – Foto: Shannon Stapleton/Pool/AFP

Por Folha de Pernambuco

Donald Trump, favorito à indicação presidencial republicana, expressou nesta terça-feira (5) seu apoio à guerra de Israel em Gaza, nas declarações mais explícitas do ex-presidente sobre o tema, à medida que cresce a pressão internacional sobre os Estados Unidos para que controle seu aliado.

“Sim”, foi a resposta de Trump a uma pergunta em uma entrevista na Fox News sobre se ele estava “do lado de Israel”.

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O entrevistador então perguntou se o ex-presidente estava “a favor” da maneira como Israel estava conduzindo sua ofensiva em Gaza, ao que ele respondeu: “É preciso resolver o problema”.

O presidente Joe Biden, que Trump provavelmente desafiará em novembro na corrida pela Casa Branca, enfrenta críticas crescentes do exterior e também da base de seu partido democrata sobre o apoio a Israel, à medida que o número de mortos aumenta e o espectro da fome paira sobre Gaza.

Guerra em Gaza

A guerra começou em 7 de outubro, após um ataque do grupo islamista palestino Hamas no sul de Israel, que resultou em cerca de 1.160 mortes, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP com base em números oficiais israelenses.

A ofensiva de resposta de Israel na Faixa de Gaza já deixou um saldo de 30.534 mortos, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas.

Nos Estados Unidos, movimentos de protesto têm instado os eleitores a punir Biden nas urnas por seu apoio a Israel. Mais de 100.000 pessoas em Michigan votaram “sem compromisso”, equivalente a um voto em branco, em vez de votar nele nas primárias democratas desse estado crucial na semana passada.

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À medida que as condições pioram, Israel enfrenta um tom cada vez mais duro de seu principal aliado.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, manifestou sua “profunda preocupação” com a crise humanitária em Gaza durante uma reunião em Washington na segunda-feira com Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelense.