A desfaçatez crônica de Lula, por Jorge ApolônioPublicado às 05h30 desta sexta-feira (22)

Por Jorge Apolônio, Policial Federal e membro da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Abrindo seu discurso em Serra Talhada, Lula agradeceu ao eleitorado pelos 90,8% de votação que teve  dos serra-talhadeneses em sua última eleição. Se for verdade, ele perdeu quase um terço de seu eleitorado na média de Pernambuco, segundo as ultimas pesquisas — 62% para ele, o que é ainda um resultado fantástico.

Acusou Bolsonaro de ser desumano por causa da pandemia da covid-19 e contra a democracia, embora Lula é que tenha pretensão de regular a imprensa e a internet, conforme já afirmou diversas vezes nesta pré-campanha. Bolsonaro é contra, mas ele é que o antidemocrático, segundo a  narrativa da esquerda. “Acuse-o do que você é”. Eis o lema leninista.

Recomendou que o povo recebesse os R$ 600,00 do auxílio Brasil, mas, por ser um auxílio eleitoreiro, não votasse em Bolsonaro, fingindo ter esquecido que ele próprio já usou essa artimanha com o mesmo propósito, só que pagando bem menos.

Afirmou que  já provou que o Brasil tem jeito , É mesmo? E qual é?  Aparelhar as instituições com esquerdistas, fazer da corrupção um método e surrupiar todas as estatais, deixando o país  falido para o sucessor recuperar?

Disse ainda que o  papel do presidente é atender aquilo que o povo deseja, fingindo desconhecer qiue, segundo Ciro Gomes, seu ex-aliado e agora desafeto, o govrno Lula transferiu aos bancos R$ 4,88 TRILHÒES e ao bolsa família apenas R$ 332 BILHÕES, ou seja, apenas 6,8% do que repassou aos ricos. Eis aí a verdadeira face do “pai dos pobres”. Por isso não cabe a frase cínica de que vai colocar o povo no orçamento e também a de que o governo só fez sacanagem com o povo desde o impeachment da Dilma. Ora, os números provam que com o PT não era diferente,

Falou que vai consertar  este país, investindo em educação e saúde, porém sem dizer quem de fato arrasou as finanças da nação,  induzindo os incautos a crer que a culpa é do atual gestor. A saúde do Brasil continua na UTI como Lula  mesmo deixou. A educação  só andou para trás na gestão PT. É um setor tão aparelhado por esquerdistas que Bolsonaro não consegue manter um  ministro seu ali por muito tempo para fazer uma gestão decente.

Vai ressuscitar o ministério da cultura e fazer uma revolução cultural, como se a cultura fosse criada pelo estado e não pelo próprio povo. Vai mesmo é cooptar a classe artística com verbas sem fim como já fez outrora para que esta classe  lhe seja submissa e não se insurja contra os descalabros de sua gestão.

Num lampejo de sincericídio, admitiu que é falta de  vergonha e de caráter do governante que deixa o povo passar fome, mas não vestiu a carapuça, já que ele está convencido de que no seu governo tirou o povo da pobreza.

Neste evento, não ousou posar de pai da transposição do rio São Francisco. Deve ter esquecido. Mas teve a cara de pau de dizer que não sabia explicar por que a Transnordestina não foi concluída, Haja cinismo.

Admiitiu que o Nordeste é pobre, mas não pode continuar sendo. No entanto, não lembrou que investiu fortunas do Brasil pelo mundo afora, inclusive a fundo perdido, quando poderia ter investido tudo aqui mesmo para exterminar a tal pobreza que em outros discursos ele diz que extinguiu. Essa fortuna o brasileiro  vem pagando e pagará por décadas,  gerações, pois os países financiados estão dando calote.

Por fim, falou que, aos 76 anos, acaba de casar (pela terceira vez, ele é duas vezes viúvo), que está apaixonado, cheio de tesão… para tocar este pais que, segundo ele, está pior do que em 2003. Só não diz quem o piorou. Induz a patuleia a acreditar que foi Bolsonaro. É um dissimulado.

Uma palavra proibida nos discursos de todos  foi a palavra “corrupção”. Por que será?

Como diz o ditado popular, “o golpe está aí. Cai quem quer”.