Imagem: Reprodução

Por Luiz Ferraz Filho, empresário e pesquisador serra-talhadense, membro da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

No Sertão, nenhuma outra figura foi mais abominável que o cabuêta. Esse sagaz instinto para puxar o saco dos patrões, tornou-o odiado por todo sociedade.

Malicioso, consegue ocultar-se e sobreviver bisbilhotando a vida dos seus semelhantes. E na ânsia de cabuetar, satisfaz seu transtorno sociopata extrapolando em êxtase quando aproxima-se de poderosos e influentes.

É um xeleléu que não mede esforços para fuxicar, denunciar ou conspirar. Não há remédio ou cura. Os sintomas da bajulação são notórios e perceptíveis a todos.

Até porque, ele não esconde seu sádico prazer destruir o bem. Não sabe o cabuêta que esse mal que faz a toda sociedade, retornará pra si.

A sua arma mais fatal é o cochichado ao pé do ouvido, conseguindo seduzir incautos e inocentes. Sangue da Eris, a deusa grega da discórdia, envolve-se e transmitir intrigas e mentiras.

Diariamente, prontifica-se adulando os coronéis para tirar o serviço dos trabalhadores no roçado.

Raça desgramada! O famigerado cabuêta acaba excluído, rejeitado e sozinho perambulando de galho em galho atrás de carniça.

Um desprezível mensageiro da morte.

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