Publicado às 06h27 deste sábado (9)

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e pesquisador e colunista do Farol

Ao falarmos sobre as mais de 600 mil mortes de brasileiros e brasileiras pela covid-19, um sentimento de tristeza e de revolta invade a nossa mente e a nossa alma, e são por essas razões que precisamos ressaltar o papel de algozes de Jair Bolsonaro e dos seus seguidores bolsonaristas nessa tragédia.

Essa postura genocida do ‘falso messias’, em determinado momento nos faz recordar de alguns fanáticos líderes religiosos. Um bom exemplo é de Jim Jones, que nos anos de 1970 estimulou o suicídio coletivo de 918 seguidores de sua seita. Os grupos de fanáticos se formam em torno de um líder que estabelece uma relação de poder (busca ou manutenção), aliciamento, mentiras, corrupção e mortes. E em muitas situações, a apropriação de símbolos sagrados, com a proteção da família, até a ardilosa tática de manipulação através da fé.

Ao ouvirmos os relatos de quem sobreviveu aos experimentos nazifascistas com uso do “kit covid” realizados no Hospital da Prevent Senior, certamente iremos entender o quanto os judeus sofreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra. Mas apesar de tantas mortes e de milhares de relatos de dor e de sofrimento de quem travou uma luta feroz contra o coronavírus, ainda existem aqueles que defendem com unhas e dentes Jair Bolsonaro. Se o bolsonarismo não for uma seita, certamente bebe da mesma matriz ideológica de outras.

É quase inexplicável para um bolsonarista explicar o por que do presidente defender tanto o uso de armas de fogo como uma forma de libertação, mas não usa a bíblia, a palavra de Deus, como exemplo de prática de vida. Rachadinha, o uso da máquina do Estado para fins pessoais, entre tantas outras coisas, não fazem parte das escrituras sagradas. É curioso como os líderes religiosos que constantemente vão às redes sociais para defender o governo federal não falam sobre a importância de ser a bíblia. É bem complicado entender como um presidente que se diz cristão só fala em armas, ao mesmo tempo que um grupo seleto de pastores só falam em eleições. Às vezes fica a impressão que algumas igrejas estão se tornado partidos políticos, e o pior, com direito ‘ao voto de cabresto’.

Bolsonaro com todo o seu vasto conhecimento intelectual, só consegui até hoje falar duas frases religiosas, uma delas ele pesquisou no Google e descobriu que era de origem nazista, “Alemanha acima de tudo”, ele acabou copiando e de forma demagógica associou ao nome de Deus, “Deus acima de todos”.

Diante tudo isso, é necessário dizer que o Brasil precisa se libertar o quanto antes dessa maldição que é Bolsonaro e as suas ideias. É preciso quebrar os arames que protegem “o cercadinho” e denunciar a doutrinação criminosa feita através das “fake news”. Torna-se urgente o combater os ‘modus operandis’ do gabinete do ódio, para que as futuras gerações possam ser poupadas da influência negativa dessa seita que tantas desgraças têm causado ao povo brasileiro.

Jesus buscou matar a fome e a sede dos seus irmãos e irmãs. Bolsonaro ao contrário, que matar os mais pobres de fome. Jesus pregou o perdão, o respeito e a igualdade. Bolsonaro vive torrando o dinheiro público, passeando de moto e pregando o ódio. Enquanto alguns em seus momentos de ‘transe’ gritam enlouquecidos: “mito!”. A maior parte dos brasileiros gritam: eu quero um prato de comida!

O que de fato precisamos é de mais empregos e de menos armas! Precisamos de mais vacinas e de menos desmatamento das florestas! Precisamos de menos mitos e de mais Cristos! Amém!