A trajetória da professora de ST que se apaixonou pela educação

Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva / cedidas ao Farol

Publicado às 06h18 deste sábado (12)

A confiança e o cuidado que inspiram as professoras do Ensino Infantil são demonstrações genuínas de amor a docência. Um desses exemplos é Ana Patrícia de Lima Nascimento Moura, 30 anos, natural de Caiçarinha da Penha, distrito de Serra Talhada.

A filha de Dona Maria Auzeni e Seu Paulo Alves, agricultores natos e criadores de ovelhas, estudou na zona rural até a antiga 8ª série, e veio para a cidade fazer Normal Médio, aquele que chamavam de Magistério, na Escola Methódio Godoy. Conheceu Dona Célia, professora de Filosofia que lhe ensinou nas atitudes o bê-á-bá da pedagogia e o amor pela docência.

“Vim para a Serra Talhada em 2007 e comecei a estudar no Methódio, fiz os quatro anos do Normal Médio, me formei em 2010 e no ano seguinte comecei a trabalhar no sítio em uma sala multi seriada em uma escola dos Barreiros, próximo à Caiçarinha, eram crianças de 8, 9 e 10 anos e eu tinha 19 anos. Fiz o magistério porque meus pais escolheram por mim, porque era mais fácil conseguir trabalho, mas no decorrer do curso eu me apaixonei pela profissão. Estagiei lá mesmo no Methódio e no contato com as crianças eu via o amor das professoras”, relembrou Patrícia.

A trajetória da professora de ST que se apaixonou pela educação

EXPERIÊNCIA DE ALUNA 

Hoje Patrícia, como as demais professoras do Ensino Infantil, são graduadas em Pedagogia. Patrícia foi além e fez pós-graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica, e está concluindo sua segunda graduação em Neopsicopedagogia. Segundo ela, essas formações são

“Melhora a nossa visão como profissional, nos estudos de casos das crianças dentro da sala de aula por ter o conhecimento para conhecer os alunos e buscar as melhoras de aprendizagens que cada um necessita. Hoje eu me inspiro em professoras que eu tive para ir para a minha sala de aula, lembro muito de Tia Célia, minha professora de Filosofia. Muito paciente, carinhosa, didática e buscava trazer metodologias para que a gente aprendesse de diversas formas”, analisou a docente.

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MÃE, ESTUDANTE E PROFESSORA

Patrícia é como muitas mulheres serra-talhadenses que precisou dividir as vida em mil partes para dar conta de todas as atribuições diárias. Segundo ela, trabalhar no sistema remoto de ensino, estudar, cuidar da casa, do marido e das filhas é uma rotina que inicia às 5h da manhã com o preparo das refeições da família, sem hora para acabar.

“Foi tudo corrido, eu terminei o magistério já casada. Meu marido sempre me apoiou muito, é bem parceiro. Depois terminei a graduação com minha primeira filha grandinha. Tenho três filhas, uma de 8, uma de 5 e a mais nova tem 1 ano e meio. Na pandemia eu estava estudando, trabalhando, me adaptando ao remoto, cuidando da minha bebê. As menores não conseguiam entender que estava em casa, mas trabalhando. Tive e tenho muita ajuda da minha sogra que fica com elas para poder trabalhar”, detalhou.

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As professoras Patrícia, Aureni e Flávia levaram lembrancinhas para as mães no Dia Internacional da Mulher no bairro Caxixola

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Assim como Patrícia, centenas de professoras de Serra Talhada formam a base educacional das crianças com carinho, cuidado e dedicação. Viva a Educação!

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