Publicado às 05h35 deste domingo (30)
A coluna “Viagem ao Passado” deste domingo resgata a história de um dos primeiros funcionários da agência de Correios e Telégrafos de Serra Talhada, o telegrafista Edmundo de Albuquerque Ribeiro e Silva (à esquerda na foto). Edmundo Ribeiro foi tema de uma reportagem do extinto jornal Pequeno, em 04 de setembro de 1938. No texto escrito pelo jornalista Nely Camelo, o telegrafista é apresentado como sendo um dos “mais antigos e zelosos serventuários deste importante departamento”.
A matéria cita poucas informações sobre as origens de Ribeiro, apenas informa que ele foi nomeado para o posto em
1893, para trabalhar na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, onde permaneceu por dois anos. Após passagem pela cidade do Recife ele veio para Serra Talhada, na época ainda chamada de Serra Talhada, em 1898. Segundo o jornal, a agência de Serra Talhada, era “depois da capital, a mais importante estação telegráfica do estado”.
Em 1938 Edmundo Ribeiro tinha 61 anos, era chefe do Correios, criava 14 netos, possuía cerca de 95 kg e tinha como traço peculiar o fato de falar francês. Infelizmente não sabemos mais detalhes sobre a vida de Edmundo Ribeiro e seus descendentes, apesar disso, fica aqui o registro histórico da importância do seu pioneirismo em relação aos serviços telegráficos e para a difusão e propagação dos meios de comunicação no interior de Pernambuco.
CURIOSIDADES SOBRE OS CORREIOS DE SERRA TALHADA
Alguns dos registros fotográficos mais antigos da cidade, feito na década de 1920, apresenta o prédio que possivelmente tenha sido a primeira agência dos Correios e Telégrafos, situado na Concha Acústica. O imóvel abrigou durante muitos anos a Escola Reunidas Ana Ribeiro e posteriormente a Casa do Artesão. O fato de ser denominada de estação telegráfica fez com que a rua ficasse conhecida durante o início do século 20 como “rua da estação”. Na década de 1930, a rua passou a se chamar João Pessoa, e na década de 1950, de Praça Agamenon Magalhães.
O atual prédio dos Correios foi inaugurado em 1932, na antiga rua Siqueira Campos, que no final dos anos de 1950 foi rebatizada de Coronel Cornélio Soares, no entanto, a relação da população é tão grande com empresa e seus funcionários que a rua é carinhosamente chamada de “Rua dos Correios”.
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