Foto: Farol de Notíias/Celso Garcia

Publicado às 09h50 deste sábado (8)

Cícero Serafim de Lima, 36 anos, católico, casado, pai de duas crianças, uma com seis anos, e outra com sete, morador do bairro Bom Jesus, em Serra Talhada,contou para o Farol de Notícias nesta sexta-feira (7), que é filho de agricultores, e desde criança trabalhou na roça. Após casar-se, começou a fazer  bicos como ajudante de pedreiro, e a trabalhar com pintura. Devido às dificuldades, há quase sete meses, saiu de Flores, Sertão do Pajeú, em busca de emprego para sustentar a família em Serra Talhada. Quando chegou na Capital do Xaxado, a vida não foi fácil. 

Cícero teve que trabalhar como Catador de Reciclagem, um trabalho árduo, e que oferece risco à saúde quando feito sem qualquer proteção. Ele relatou que o trabalho de catador se resume a ir aos lixos, para recolher sacolas, garrafas, latinhas e litros. A esposa, para ajudar, faz faxinas, e lava roupas, quando consegue algum ‘bico’. Também destacou que recebe o Auxílio Brasil, mas que não é suficiente, visto que, as necessidades básicas da família, incluem aluguel, água, luz, e alimentação.  

“Antes, a gente ganhava menos e dava para sobreviver. Hoje, a gente ganha mais e não dá para sobreviver. Tem que catar alguma coisa, fazer alguma coisa para inteirar, para manter a família. Não jogando pedra em ninguém, mas com esse governo que está agora, a situação está mais precária. Eu era de Flores, lá era mais difícil porque não tinha trabalho, e eu vivia fazendo bico quando achava. Saí de lá para ver se a situação aqui era melhor. Graças a Deus! Depois que eu cheguei aqui, a vista de lá, está bem melhor”, destacou Cícero Serafim, acrescentando: 

“Eu estava catando para reciclagem, e encontrei um senhor que me deu oportunidade de trabalho, e graças a Deus hoje eu estou trabalhando. Melhorou a situação, não está muito fácil, mas está dando para sobreviver. Graças a Deus a gente tem [Auxilio Brasil], porque ajuda muito, mas se for para depender somente dele, não dá. Pago aluguel, água, energia, tenho crianças, e a situação não é fácil. Eu espero que Deus abençoe os governos, e que tenham dó da gente, da situação, e tentem melhorar”, enfatizou, Cícero.