Giovanni SáGiovanni Sá é editor do Farol de Notícias

O Movimento Acorda Serra Talhada que foi criado oficialmente nessa quarta-feira (14) com o objetivo principal de lutar pela redução dos salários dos nossos vereadores está de parabéns. Formado por integrantes da sociedade civil, o movimento quer barrar o reajuste de 25% que foi concedido para a próxima legislatura que se inicia em 2017. Hoje, os vereadores recebem R$ 8 mil e passarão a receber R$ 10 mil a partir de janeiro. Portanto, um movimento justo e cidadão!

Mas cá entre nós, essa luta é fichinha diante os escândalos que costumam surgir em Serra Talhada. Acho que o ‘Acorda Serra Talhada’ deveria, sim aumentar o foco de atuação e mirar, também, no Poder Executivo. Por que não lutar pela revogação da lei que garante ao prefeito um salário em torno de R$ 17 mil, uma vez que o mesmo tem diárias para viagens, motorista à disposição e até abastecimento de combustível 0800?

Por que não lutar pela redução de cargos comissionados na prefeitura, muitos que sequer dão expediente, mas que trabalham apenas para bajular o gestor? Por que não lutar por uma cobrança e aplicação justa do IPTU, que aumentou em mais de 500%? Por que não lutar pela aplicação do Orçamento Participativo (OP) a partir de 2017?

Temos mais razões para irmos às ruas. Por escola de qualidade, salário justo para professores e servidores públicos, enfim, passaria o dia elencando razões para um bom combate. Mas, ao movimento muito bem intencionado, sugiro também mirar nos deputados ‘estrangeiros’ que costumam visitar Serra Talhada apenas de quatro em quatro anos em busca de votos.

Serra Talhada precisa acordar para o ‘balcão de negócios’ que começou agora com o pagamento da fatura em 2018. Por fim, acredito que o próximo ato público do Acorda Serra Talhada deva ser na Rua Agostinho Nunes Magalhães, até porque a sanção ou veto do projeto pode acabar na canetada do prefeito. É apenas uma sugestão.