Por Jorge Apolônio, colunista do Farol, membro da Academia Serra-talhadense de Letras

Publicado às 13h30 deste domingo (28)

O que leva um cidadão ou cidadã de bem a defender um bandido condenado em duas instâncias e com uma penca de processos outros nas costas? Parentesco, compaixão ou alienação mesmo?

No Brasil, a Justiça é muitíssimo criticada por todos porque demora a julgar. No caso de Lula, a Justiça está sendo criticada e condenada pelos seguidores dele porque, além de tê-lo julgado, teve a “audácia” de condená-lo.

Nenhum político teve, como Lula, tantas condições econômicas, sociais e principalmente políticas para alavancar social e economicamente este país a um patamar bastante elevado. Em nenhum outro político o brasileiro, sobretudo o pobre, depositou tanta esperança de que, enfim, o país iria lhe proporcionar as condições de vida merecidas.

Mas, no decorrer dos anos, Lula foi se permitindo desviar dos bons princípios, deixando aflorar seu verdadeiro caráter e abandonando os bons propósitos até afundar no mar de lama sem fim da corrupção que assola o país.

Das gestões do PT, sobraram um Estado com estrutura aparelhada por corruptos nos três poderes e um país quebrado, com níveis altíssimos e crescentes de violência, educação decadente, sistema de saúde deplorável, sem falar noutras mazelas.

Alguns dirão: “Ah, mas Lula fez isso e aquilo de bom”. Até fez. Mas a que preço? Com que propósito realmente? Quanto deveria custar e quanto custou? O que resultou disso? Qual o beneficio que restou para a sociedade até hoje? Por que a Petrobras está quebrada? Por que o Brasil está quebrado? Etc.

Entre os defensores de Lula, há os chamados intelectuais, aqueles que leem coisas eruditas para, em sua suposta sabedoria, fecharem cinicamente os olhos para os crimes dele e se darem ao contraditório trabalho de defender um indivíduo que, confessadamente, não gosta de ler e, por isso mesmo, nem de firulas intelectuais.

Senhores lulistas, olhem para dentro de vocês mesmos e reflitam, ponham a mão na consciência. Não deixem que Lula faça com vocês o mal que ele fez ao país. Preservem-se, não deixem que Lula degenere também sua reputação pessoal. Zelem pelo seu bom conceito observando a frase “dize com quem andas que eu te direi quem és”.

Não ululem, não vociferem contra a aplicação da lei a um corrupto, mas sim contra a corrupção, contra o corrupto. Prestigiem a aplicação da lei, pois daí é que vêm a ordem, o progresso e a paz social. Não prestigiem o corrupto, pois, se o fizerem, vocês se assemelharão, se igualarão ao próprio Lula e darão estímulo à degeneração social que já é crescente.

Se vocês deixam de acreditar nas investigações da PF, do MPF e nos julgamentos de 4 juízes (Moro + 3) para acreditar na palavra de um condenado comprovadamente corrupto, com provas inúmeras disso em diversos processos, fica evidente que há uma deformação de conceitos na lógica de vocês ou, o que é pior, uma deformação moral mesmo similar à dele. Ninguém merece.