quedaA Standard & Poor’s (S&P) rebaixou novamente o Brasil. A principal agência de classificação de risco do mundo já havia retirado o grau de investimentos do país. Com isso, o Brasil entra para a categoria dos países considerados lixo. A falta de um compromisso do o ajuste fiscal foi determinante para o novo corte na nota de crédito brasileira.

O rebaixamento de BB+ para BB ocorreu mais rápido do que se esperava e deve balançar os mercados financeiros. A medida dificulta a recuperação da confiança e deve afundar ainda mais o país na recessão. Em setembro, o Brasil perdeu o grau de investimento pela S&P, quando a nota do país foi rebaixada de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.

Há menos de dois meses, a agência advertiu o país que mais um rebaixamento era possível, mas o movimento, ressalta a rapidez com que a economia do Brasil e as finanças públicas se deterioraram desde então. A perspectiva do novo rating permanece negativa, o que significa que novos downgrades são possíveis no curto prazo.

A falta de credibilidade do governo da presidente Dilma Rousseff junto aos investidores está aprofundando a recessão econômica do país, que pode ser igual ou pior do que a do ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter encolhido 3,7%. Os últimos indicadores mostram que a atividade não consegue se recuperar nem o comércio e, nessa toada, o desemprego está aumentando.

Nesta quinta-feira (18/2), a diretora da S&P para a América Latina, Lisa Schineller, dará uma entrevista coletiva explicando os cortes.  A S&P foi a primeira agência de classificação de risco a dar o grau de investimento para o Brasil, em 2008. Em setembro de 2015, no entanto, foi a primeira a retirar o selo de bom pagador. Três meses depois foi a vez da Fitch Ratings fazer o mesmo.

Do Correio Brasiliense