Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Publicado às 05h15 desta sexta-feira (28)

A pandemia do novo coronavírus há tempos que invadiu as fronteiras dos sertões e tem atingido também a população rural. Em Serra Talhada, os moradores de diversos sítios e fazendas se isolaram para evitar os impactos mais graves da doença, mas ainda temem ser contaminados.

O Farol de Notícias foi às ruas para ouvir alguns desses agricultores e saber como estão enfrentando o período de isolamento social. Dos três depoimentos colhidos, todos os entrevistados demonstraram o respeito aos protocolos de segurança, principalmente na hora de sair de casa e vir a zona urbana.

Adailton da Silva Santos, 52 anos, pedreiro e morador da Fazenda Veneza, no primeiro distrito. Segundo ele, o seu povoado não foi afetado pela doença, mas os cuidados são fundamentais para que permaneça assim.

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“Por lá até agora não teve casos ainda não, graças a Deus. Lá o povo está se cuidando, é de máscara direto e álcool em gel. O pessoal aproveita o carro que vem de Belmonte ou Salgueiro para vir para a cidade, mas só vem quando precisa. Lá a gente não vê nem dizer que tem doente ou que alguém sentiu algum sintoma, na nossa região não teve nada não. Eu mesmo, graças a Deus, não estou sentindo nada e nem da minha família. A gente vem para cá, resolve as coisas e volta tranquilo”, comentou o morador.

De acordo com Sonia Maria da Silva, 46 anos, agricultora e mora na Várzea de Cima e como os outros depoimentos, depositou na fé tipicamente sertaneja o livramento da infecção pelo Covid-19.

“Está tranquilo, graças a Deus, está tranquilo. Eu acredito que todo mundo tem medo, mas todo mundo se cuida direitinho, usa máscara, álcool em gel, não está em meio de multidão. Estamos evitando vir para a rua, só vem em um caso necessário mesmo e assim mesmo só vem uma pessoa. Da minha casa mesmo só vem eu, meu esposo fica é muito difícil vim. E assim mesmo uma vez no mês, tem que vir para fazer a feira, resolver uma coisa, comprar um remédio e mesmo assim tem que vir. Tenho muita fé que isso tudo vai acabar logo e vai voltar ao normal, se Deus quiser”, afirmou com fervor.

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Já a agricultora Maria Lucia Damasceno da Silva, 47 anos, reside no Quilombo do Catulé dos Índios Pretos e afirmou que os idosos, ancestrais fundamentais na manutenção na memória da comunidade, estão protegidos e cuidados.

“Graças a Deus lá no Catulé não teve nenhum caso não, nenhum. A gente fica com medo e preocupada com essas doenças assim, mas a gente está se cuidando. Muita gente está evitando de vir para a rua, os idosos mesmo estão lá que nunca mais vieram na cidade, é perigoso para eles. A gente que vem para a rua tem que ter cuidado também, quando chega em casa já tira a roupa, já bota para lavar, toma um banho e veste outra roupa para não entrar nada em casa. Eu queria muito que passasse logo essa pandemia, enche o saco. Andar de máscara é ruim demais e viver com esse medo”, finalizou Maria Lucia.

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Segundo Adailton da Silva o seu povoado não foi afetado pela doença, mas os cuidados são fundamentais para que permaneça assim