Publicado às 13h34 desta sexta-feira (11)

Como o impacto do reajuste da Petrobras, além da gasolina, o gás de cozinha teve um aumento de 16%, a partir desta sexta-feira (11). A previsão é que em algumas cidades chegue até R$ 150 reais. O Farol foi às ruas e pesquisou que em Serra Talhada as distribuidoras do botijão já cobram entre R$ 120, R$ 125 e até R$ 130.

Na manhã desta sexta-feira (11), a reportagem do Farol entrou em contato com 8 distribuidoras de gás de cozinha da Capital do Xaxado para fazer um balanço dos novos valores que antes do reajuste custava entre R$ 110 e R$ e 115 reais. Dos estabelecimentos consultados, cinco subiram o valor para R$ 125 e duas para R$ 130. Apenas uma distribuidora subiu para R$ 120.

O novo reajuste pode piorar as condições de vida dos trabalhadores de baixa renda, principalmente os que vivem o drama do desemprego, que já vêm sofrendo diante o aumento sucessivo nos diversos setores da economia. Com isso, a sensação é que ‘não há nada tão ruim que não possa piorar’.

”Esse aumento de gás é um absurdo, porque já era difícil da maneira que estava com o aumento e mais esse aumento agora, se já era difícil para quem tem salário imagine para quem não tem. O que as pessoas vão fazer agora para cozinhas seus próprios alimentos? Os que moram no sítio ainda têm uma chance de queimar a lenha e quem mora na cidade vai morrer de fome com um aumento desse”, disse a agricultora Neuma Rejane Gomes Nunes, 53 anos, moradora do Sítio Juazeirinho.

Ela acrescenta em tom de revolta. ”É um grande absurdo, antes a gente comprava um bujão por R$ 70 reais e já achava caro e agora? Onde os pais de família vão parar? Vão ter que escolher, ou comprar o bujão e ficar sem comer ou comprar comida que não precise cozinha porque vai cozinhar aonde? É aquela velha história, ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’. O brasileiro está é ferrado”.

Agricultura Neuma Rejane (foto) veio até a redação do Farol para reclamar da alta do gás na cidade