Do g1

Foto: Peter Kneffel/dpa via AP

A Alemanha superou nesta quinta-feira (25) as 100 mil mortes por Covid-19 e registrou um novo recorde diário de casos desde o início da pandemia: 75.961 novas infecções.

O país enfrenta sua onda mais intensa da doença, mas até o momento o número de novos óbitos não tem acompanhado o de casos. Foram 351 vítimas do vírus nas últimas 24 horas, muito abaixo do recorde de mais de 1,7 mil mortes por Covid-19 registrados em janeiro.

A pandemia é o principal desafio para o futuro governo, que deve assumir o poder em dezembro e será formado por social-democratas, verdes e liberais.

“A situação é terrível”, admitiu Olaf Scholz, líder social-democrata que sucederá a conservadora Angela Merkel como o futuro chanceler da Alemanha, na quarta-feira (25).

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O novo coronavírus tem se propagado por toda Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil mortes em uma semana.
A situação é mais grave em países com taxas de vacinação contra a Covid-19 abaixo do esperado, como acontece na Alemanha e na vizinha Áustria, onde o governo retomou o confinamento da população.

‘Sobrecarga aguda’ nos hospitais

No caso alemão, a taxa de vacinação da população completamente vacinada é de quase 69%, abaixo de outros grandes países europeus como Espanha, França ou Itália.

Hospitais em certas regiões já estão enfrentando “sobrecarga aguda” que exige a transferência de pacientes, alertou Gernot Marx, presidente da federação alemã de médicos de cuidados intensivos.

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No momento, a futura coalizão de governo descarta a ideia de um confinamento nacional e aposta no uso generalizado de um certificado de vacinação nos transportes e restrições de acesso para os não vacinados a certos lugares.

Scholz afirmou que a Alemanha precisa “estudar” uma eventual “extensão” da obrigatoriedade da vacinação, atualmente em vigor e no exército e nos estabelecimentos de saúde.

Também se comprometeu a liberar um bilhão de euros para os profissionais da saúde.

O governo de Angela Merkel, em coalizão com os social-democratas, prorrogou até abril de 2022 as ajudas para as empresas afetadas por fechamentos e queda de receita pela pandemia.

O departamento europeu da Organização Mundial da Saúde advertiu que a Covid-19 pode provocar 700 mil mortes adicionais no continente até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil).

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A instituição atribui a onda europeia à combinação da prevalência da variante delta, de uma cobertura insuficiente das vacinas e de uma flexibilização das restrições.

Na União Europeia, 67,7% da população recebeu duas doses da vacina contra a covid, mas as diferenças são notória: apenas 24,2% dos búlgaros estão imunizados, contra 86,7% dos portugueses.

Vários países endureceram as restrições, mas as medidas provocaram protestos, alguns violentos, em países como Áustria, Bélgica ou Holanda.