alepe(Do Jornal do Commercio)

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) suspendeu o processo licitatório para contratação da empresa que irá concluir a construção do novo plenário, na Rua da União, embora tenha contratado a compra de carteiras, canetas e pastas para os deputados por R$ 106,9 mil. As obras do edifício, que levará o nome do ex-governador Miguel Arraes de Alencar, estão orçadas em R$ 28 milhões, dinheiro que o Legislativo já teria em caixa. A Construtora Celi havia sido a única empresa classificada na licitação. A Concrepoxi Engenharia também participou do pleito. A suspensão do processo foi determinada pela presidente da Comissão de Licitações, Christiane Vasconcelos.

O plenário integra o novo complexo de prédios construído pela Assembleia desde 2013, que inclui também o Edifício João Negromonte, onde hoje estão localizados os gabinetes dos deputados e a presidência do Poder. As duas obras foram desmembradas após a construtora que tocava os empreendimentos quebrar. Há um ano, o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), havia inaugurado o Edifício João Negromonte ainda em obras e sem fachada, apesar de uma lei estadual proibir a entrega de obras inacabadas. Os deputados só passaram a usar as novas salas em julho.

No final de 2015, a Assembleia autorizou o início da reforma do Edifício Nilo Coelho, antiga sede dos gabinetes, que agora concentrará todos os setores administrativos do Legislativo que funcionam em prédios alugados. Custando R$ 30 milhões, a reforma será feita pela Concrepoxi e deve ficar pronta até o primeiro semestre de 2017.

Durante essa terça (13) e quarta-feira (14), o JC tentou sem sucesso contatar os deputados Guilherme Uchoa e Diogo Moraes (PSB), primeiro secretário da Assembleia e responsável pela gestão financeira da Casa, para saber o motivo da suspensão da licitação e se havia previsão de retomada do processo. A assessoria da Assembleia Legislativa disse que Moraes era a pessoa indicada para responder sobre as obras e licitações da Casa.