
Do JC Online
Após as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco subir para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes foi sorteado como relator do processo.
O inquérito sobre o caso Marielle Franco foi enviado para o STF nesta quarta-feira (13) após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), local em que investigação estava em análise.
O motivo da elevação para o STF é a entrada de novas provas que inserem um parlamentar federal com foro privilegiado. Não foi informado o grau de envolvimento do político envolvido.
Inquéritos sobre parlamentares federais devem tramitar no Supremo, enquanto análises sobre governadores estaduais, desembargadores e conselheiros de tribunais de conta são analisados pelo STJ.
Nesta semana, o assassinato de Marielle Franco completou seis anos. Investigadores querem negociar uma delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos contra Marielle e seu motorista.
A relatoria do processo foi passada por Alexandre de Moraes por meio de sorteio dentro da Primeira Turma do STF, colegiado no qual a ministra Rosa Weber estava integrada. Weber era a relatora dos casos vinculados com o assassinato de Marielle Franco.
O sorteio que escolheu Alexandre de Moraes em detrimento de Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin (membros da Primeira Turma) ocorreu por meio de um sistema de algoritmo.
Moraes é uma das figuras de maior destaque do STF, com relatoria em casos de ataques aos ministros do Supremo, dos processos sobre o 8 de janeiro e de ações contra o ex-presidente Bolsonaro (PL).
Alexandre de Moraes também atua como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que tem causado notoriedade para o magistrado.