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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

O principal item da mesa dos brasileiros vem sofrendo um aumento drástico nos últimos meses em Serra Talhada. O preço mínimo do quilo do feijão carioca está sendo encontrado a R$ 7,10 em vários mercados da cidade chegando a um valor máximo de quase R$ 12. O FAROL fez uma breve pesquisa e constatou que muita gente está preocupada com a elevação assustadora do valor do produto mais tradicional do país.

Em entrevista ao FAROL, donas de casa revelaram que uma das estratégias para manter o “moreninho” na mesa é evitar a compra de outros itens. Resultado: a feira do serra-talhadenses está diminuindo. Numa média, o preço do quilo do gênero alimentício está em R$ 9,99. Até poucos meses atrás o feição era colocado no carrinho por menos da metade desse valor.

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Para Cícera Braz, preço oferecido pelos supermercados está um absurdo

Os consumidores acreditam que isso reflete o cenário de crise que o Brasil está passando. Para Cícera Braz, 44, o preço do feijão está um absurdo. “Um absurdo! Uma inflação imensa. O feijão está aqui no meu carrinho saindo a R$ 10, muito caro! Mexeu na cesta básica, a gente tem que diminuir de tudo para poder levar porque se não diminuir não dá e o feijão é o essencial da mesa”, desabafou.

Já Socorro Souza, aposentada, 62, diz que a alta do feijão está insuportável para o bolso do trabalhador. “Está de um preço que ninguém aguenta. Lá em casa, eu compro uns 3 quilos por semana e senti nesses últimos meses a diferença. Eu comprava de até R$ 5 o quilo do feijão, um feijão muito bom, mas agora encontro a R$ 10 e do mais ruim está saindo a R$ 7. Tá ruim, mas fazer o que né?!”.

Socorro Souza lamenta: “o preço do feijão mais ruim está a R$ 7”

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ALTA NO ATACADO

Mas a alta do feijão não é só no varejo, o atacado também vem apresentando dificuldades com a inflação do produto. Segundo Ancelmo Numeriano, 33 anos, gerente de um supermercado local, o feijão está chegando a Serra Talhada e região já com um valor altíssimo de compra, o que acaba sendo repassado para as prateleiras.

“Para a gente aqui da região está vindo de fora com um aumento muito grande. E infelizmente, a gente não pode evitar isso, esse aumento no reajuste do produto, que a gente vive disso. Isso decorre da crise por que  vem passando o País. Os clientes reclamam muito, mas não param de comprar porque a gente sobrevive em cima da cesta básica”, comentou Ancelmo, concluindo:

“Hoje, muita gente deixa de levar produtos de higiene, usa menos, por exemplo para investir na cesta básica. Estamos colocando só 20% em cima da mercadoria, diferente de outros que colocam até 25%, para deixar um preço razoável para nossos clientes”.

Ancelmo Numeriano justificou a alta; segundo ele, o feijão já está chegando a Serra Talhada inflacionado

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