Ameba comedora de cérebro provoca morte de menina de 10 anos

Do Diario de PE / Foto: Jam Press

A dançarina de balé Stefanía Villamizar González, de 10 anos, morreu após ser diagnosticada com encefalite amebiana, uma infecção rara do sistema nervoso central, com apenas 5% de chance de sobrevivência. Além de bailarina, a menina era tenista, patinadora e sonhava em ser ginasta.
A família da criança suspeita que ela tenha contraído a famosa “ameba comedora de cérebro” durante uma viagem para a Colômbia, em junho. Stefanía faleceu no dia 28 de julho.
Segundo o jornal Daily Mail, após a viagem, a garota desenvolveu sintomas como febre, dor de ouvido e vômito. Duas semanas depois, já em casa, ela passou a lutar para sair da cama e a convulsionar. Na semana seguinte, Stefanía estava morta.
Especialistas acreditam que a doença tenha sido causada pela Naegleria fowleri, também conhecida como “ameba comedora de cérebro”, que geralmente se esconde em água doce, embora casos tenham sido associados a parques aquáticos e piscinas. A Naegleria fowleri mata 97% das suas vítimas.
Tatiana González, mãe de Stefanía, acredita que a filha contraiu a doença pelo nariz enquanto brincava na água. À imprensa local, um familiar próximo disse compartilhar a sua história “para que outras crianças e famílias não sofram o que estamos sofrendo”.
Enquanto a mídia local não fez qualquer menção à acusações criminais, o gerente de operações do hotel onde Stefanía teria contraído a ameba prometeu reforçar os padrões de segurança.
O que é a ameba comedora de cérebro?
Uma ameba é um pequeno animal unicelular que pode ser encontrado em água doce quente, como lagos e rios. Ela não consegue sobreviver em água salgada e não é contagiosa de pessoa para pessoa. Apesar disso, também tem sido associada a parques aquáticos e piscinas.
A Naegleria fowleri infecta as pessoas quando entra pelo nariz e viaja através do nervo olfativo responsável pelo sentido do olfato até o cérebro, onde causa inflamação e danos graves. Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, febre, náusea e vômito. A morte pode ocorrer cerca de cinco dias após o início dos sintomas.
Embora normalmente fatal, matando 97% das pessoas infectadas, existem histórias esporádicas de pessoas que superaram a infecção potencialmente debilitante chamada meningoencefalite amebiana primária (PAM). Apenas quatro pessoas entre mais de 150 que contraíram a doença microscópica nos Estados Unidos entre 1962 e 2023 sobreviveram.
Os danos no tecido cerebral, principalmente nos lobos frontais e em áreas críticas para as capacidades motoras, funções cognitivas e capacidade de fala, são tão graves que as pessoas que sobrevivem à infecção têm de reaprender a falar e a andar.
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