Do Diario de Pernambuco

Foto: Reprodução/Pixabay

Um americano matou a filha de 16 anos achando que atirava em um ladrão que tentava invadir sua casa em um subúrbio de Ohio, informaram a polícia e a imprensa local, em mais um exemplo dos estragos provocados pelas armas de fogo nos Estados Unidos.

Por volta das 04h30 de quarta-feira, uma mulher ligou para os serviços de emergência porque Janae, sua filha de 16 anos, tinha sido baleada e estava gravemente na garagem da casa da família.

O pai, que atirou nela ao confundi-la com um ladrão, estava inconsolável e perguntava à filha como se sentia.

Enquanto aguardavam a chegada da polícia, os pais imploraram para que a filha se levantasse, relata o Columbus Dispatch, um jornal local que teve acesso à gravação do telefonema.

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Segundo o boletim policial, Janae foi levada a um hospital e faleceu uma hora depois.

“Em qualquer caso, se for apertar o gatilho, é muito importante saber quem é o alvo”, lembrou um policial em declarações à emissora local ABC6 Columbus, capital do estado de Ohio, no norte do país.

“Esta trágica perda nos entristece e faremos tudo o possível para apoiar os estudantes do ensino médio e suas famílias”, escreveu a escola de ensino médio onde Janae estudava, em carta dirigida aos pais e citada pela imprensa local.

A menos de 2 km dali, em 7 de dezembro, três pessoas com 6, 9 e 22 anos morreram em um ataque a tiros. As duas crianças frequentavam a mesma escola da adolescente.

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Segundo o boletim da polícia de Columbus, este foi o 202º homicídio este ano nesta cidade de cerca de dois milhões de habitantes.

A violência com armas de fogo aumentou desde o início da pandemia nos Estados Unidos, onde a Constituição permite o porte de armas.

Mais de 44.000 pessoas foram mortas com armas de fogo em 2021, inclusive 1.517 menores, segundo o site Gun Violence Archive, que leva em conta os suicídios.