Amigos de Remís questionam procedimentos da PolíciaDa Folha de PE

Amigos de Remís Carla compareceram na Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, na tarde desta terça-feira (26), para questionar os procedimentos adotados pela Polícia Civil na investigação. De acordo com eles, uma queixa prestada por ela no dia 23 de novembro poderia ter evitado sua morte.

Cobram que esse crime denunciado por Remís, seja investigado e incorporado ao processo. Além disso, pretendem realizar uma denúncia a corregedoria no que se trata da conduta do delegado do caso e do chefe da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE). Via assessoria de Imprensa, a PCPE informou que não vai se posicionar.

A amiga da estudante, integrante do Movimento Feminino Popular, Tainá Peixoto elencou uma série de falhas que a Polícia Civil teria cometido, incluindo a emissão da medida protetiva, que diferente do que foi colocado pela Polícia, Remís não chegou a receber. “Primeiro não acreditar que o Paulo César era o suspeito do crime. Inclusive foi declarado, pelo próprio delegado Élder Tavares que Paulo Cesar estaria fora de suspeita do assassinato e desaparecimento de Remís”

“Existe uma série de informações que são mentirosas, como a questão que Remís recebeu a medida protetiva. Então a gente veio aqui, porque ele precisa ser culpabilizado desse primeiro crime que cometeu”, contou Tainá acompanhada de mais dois outros amigos que foram depor sobre o caso.

De acordo com Tainá, os amigos Remís irão realizar uma denúncia a corregedoria da Polícia Civil. “O que não pode é estar sendo colocado pelo chefe da Polícia Civil e o delegado do DHPP, como se ela tivesse sido responsável pelo seu assassinato”, pontuou. “Queremos sim que o delegado Élder Tavares e o chefe de polícia Joselito Amaral sejam responsabilizados por esses depoimentos que estão dando. Estamos procurando a corregedoria da polícia para dar prosseguimento a esse caso”, completou.

Entenda o caso
Remís Carla Costa, de 24 anos, foi encontrada morta, na tarde do último sábado (23), no terreno da ocupação Condomínio Nova Morada, no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife. No local, mora o namorado da jovem, Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, que confessou ter matado a universitária. Ela tinha desaparecido desde o último domingo (17), quando teria saído da casa de Paulo César em direção à casa dos pais em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Paulo César foi preso sábado no município de Vicência, Zona da Mata Norte de Pernambuco.