Do G1

Andrew Fletcher, fundador do Depeche Mode, morreu aos 60 anos. A notícia foi anunciada pelo perfil da banda nesta quinta-feira (26).

“Fletch tinha um verdadeiro coração de ouro e estava sempre lá quando você precisava de apoio, uma conversa animada, uma boa risada ou uma cerveja gelada”, diz a nota publicada no perfil do grupo.

A causa da morte do tecladista não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem.

Fletcher formou a banda de rock eletrônico em Basildon, na Inglaterra, no final dos anos 1970, com Martin Gore e Vince Clarke.

Com a entrada do cantor Dave Gahan, o quarteto emplacou sucessos nas paradas, incluindo “New Life” e “Just Can’t Get Enough”.

O auge do sucesso veio no final dos anos 80 e nos anos 90 com hits como “Enjoy The Silence” e “I Feel You”.

Em mais de 40 anos de carreira, o Depeche Mode vendeu mais de 100 milhões de discos e é considerada uma das mais influentes bandas de música eletrônica de todos os tempos. Todos os 14 álbuns de estúdio entraram no Top 10 do Reino Unido.

O Depeche Mode esteve no Brasil em 1994, enquanto passavam por um período conturbado, com o vocalista David Gahan enfrentando sérios problemas com o vício em cocaína e heroína.

Ele chegou a ser considerado clinicamente morto por dois minutos, após uma overdose anos depois, em 1996.

Não que seus colegas também estivessem muito bem. Aquela foi a última turnê com Alan Wilder, que deixou a banda em 1995. A partir daquele ano, eles viraram um trio.

Fletcher sequer veio ao Brasil alegando “instabilidade mental” e se afastou por alguns meses da banda.

Eles voltaram para fazer um show em São Paulo, em 2018, 24 anos depois. Na época, o tecladista disse ao g1 que todos estavam “saudáveis e fazendo músicas ótimas e bons shows”.

“No começo achávamos que só ficaríamos por aí por alguns anos. Mas 37 anos depois parecemos ser tão populares quanto antes”, afirmou na época.