Foto: reprodução

Publicado às 05h50 deste sábado (14)

Por Renan Freire, repórter especial do Farol

No próximo domingo (15) é comemorado o Dia do Professor. Profissional que tem como objetivo ajudar na realização de sonhos. A reportagem do Farol conversou com a professora aposentada Regina Virginal. Ela contou sobre as experiências que teve durante os 28 anos de docência e as mudanças que ocorreram na educação.

“Antigamente, assim, o que tinha de ruim era que a gente só tinha a boca, e o giz para escrever. Hoje tem a facilidade de material, de receber tudo, de ter internet porque quase todas as escolas têm internet para o aluno girar o mundo se ele quiser, só aprender coisas boas porque o celular é útil para as coisas boas, mas também para as coisas ruins se a pessoa procurar. A gente falava, falava, acho que os alunos ficavam doidos, eu também cansava de tanto escrever”, comentou a professora de 71 anos.

Para dona Regina, o problema da educação no Brasil é a desvalorização do docente tanto por parte do Governo quanto pelos próprios alunos. Ela recordou que quando ensinava, todos tinham respeito à professora.

“O respeito que eles tinham por todos nós era como se fôssemos os pais deles, tinham respeito. Hoje o governo facilita muito para o aluno, só não facilita muito o salário do professor, né?”

Embora haja muitas dificuldades, a professora disse que a profissão é de grande importância e requer responsabilidade e dedicação. 

A HISTÓRIA DE REGINA

Dona Regina foi aluna e professora do antigo Colégio Industrial. Após concluir os estudos no Recife, retornou a Serra Talhada e ensinou durante 28 anos na instituição. O sonho de cursar direito não foi possível, naquela época o município não tinha possibilidades como hoje. No entanto, ela se dedicou e entregou-se à sala de aula ainda muito jovem.

Atualmente, trabalha como bibliotecária na Faculdade de Integração do Sertão (FIS), e sempre tem a oportunidade de reencontrar com ex-alunos.

“Quando eu chego nessas repartições tem um, dois ou três que foram meus alunos. Até às vezes nas filas encontro pessoas. Quando tem uma reunião o pessoal vai passando, eu trabalho na biblioteca da FIS, eles vão passando e vão lá; delegado, promotor, vão dar um abraço. Vem de outras cidades, mas passaram por minhas mãos e gosto muito, para mim, ser professora foi tudo, tudo na minha vida”, admitiu.