Publicado às 14h desta quarta (28)

Apesar das chuvas e da alta no volume do açude Cachoeira II, que abastece Serra Talhada, a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) tem evitado anunciar quando o racionamento chegará ao fim no município.

Em entrevista esta semana, o gerente da unidade na Capital do Xaxado, Luciano André de Freitas, disse que a Companhia está esperando o término do período chuvoso para poder definir, realmente, se o racionamento irá acabar ou não.

“Para a gente poder aumentar a extração de água do Cachoeira, por cautela a gente espera o final do período chuvoso para fazer esse cálculo e evitar um transtorno maior”, ponderou o gerente da Compesa, reforçando:

“Desde 2015 a gente vem administrando o Cachoeira e só agora que ele saiu de praticamente 2% para 28%, no meio de fevereiro. Então, é um momento que a gente tem realmente que administrar com calma para evitar que tenhamos um transtorno maior”.

ÁGUA COM MAU CHEIRO

Luciano André explicou também o motivo porque as águas estariam chegando nas torneiras dos serra-talhadense com um forte odor. Segundo ele, tudo decorre de um processo de tratamento químico, mas que é passageiro.

“Hoje a gente precisa misturar o Cachoeira com as águas do São Francisco, então a gente prepara uma dosagem com aplicação de produtos químicos na água e de repente o abastecimento do São Francisco para. Então, de repente há um desequilíbrio. Quando isso acontece, a gente precisa fazer novamente um ajuste e nesse ajuste ocorre esses picos (de qualidade), onde a água dá uma sujada. Isso ocorre também quando as águas do São Francisco retornam (a misturar com o Cachoeira). Então, nesse vai e vem, gera esse excesso, e você sente realmente um odor mais forte”.