O governo Luciano Duque enviou nota ao FAROL admitindo a falta de medicamento dentro dos postos de saúde da cidade, após uma rápida fiscalização dos vereadores da oposição nas unidades municipais no início desta semana.

Mas, em nota, o secretário de Saúde de Serra Talhada, Luiz Aureliano, afirmou que tudo é culpa do governo de Pernambuco que não teria repassado medicamentos ao município.

Incomodado com a postura dos vereadores da oposição, o governo tachou de “sensacionalismo” a denúncia de falta de medicamentos em postos de saúde da Capital do Xaxado.

Leia também: Fiscalização: Vereadores constatam falta de medicamentos nos postos de saúde de ST

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA

VEREADORES VISITAM SÓ ALGUNS POSTOS E CONSTATARAM A FALTA DE MEDICAMENTOS NAS UNIDADES DE SAÚDE MUNICIPAIS
VEREADORES VISITARAM SÓ ALGUNS POSTOS E CONSTATARAM A FALTA DE MEDICAMENTOS NAS UNIDADES DE SAÚDE MUNICIPAIS

NOTA DA PREFEITURA DE SERRA TALHADA

Diante de notícia publicada no FAROL, onde vereadores da oposição denunciavam a falta de medicamentos em Postos de Saúde do Município, o secretário de Saúde Luiz Aureliano esclarece para população a real situação da falta de medicamentos.

Segundo o secretário de Saúde, Luiz Aureliano, realmente existe falta de medicamentos nos postos do município, no entanto, deixa claro que o Governo de Serra Talhada vem se esforçando para manter todas as medicações básicas a disposição da população e lamenta que  a situação tenha chegado a este estágio.

“Tudo graças a falta de comprometimento do Governo Estadual que desde o final de 2012 não envia nenhum medicamento para o município”, informa o secretário.

De acordo com os relatório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o final de 2012 nenhum medicamento é enviado pelo LAFEPE (Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco) para Serra Talhada e, esta situação perdurou todo ano de 2013 e também agora em 2014.

“Estamos a mais de 1 ano e meio sem receber nenhum medicamento do Lafepe, e isso nos traz problemas”, declara Luiz Aureliano.

Conforme informou a coordenadora de Assistência Farmacêutica da SMS, a Farmacêutica Clara Lucia Ferraz, o LAFEPE deveria enviar em medicamentos para o município, durante o ano, R$ 149.346,84, mas até agora nada tem chegado o que prejudica  a composição da Farmácia Básica.

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OS VEREADORES LEIRSON MAGALHAES; CICÃO, MÁRCIO OLIVEIRA E PINHEIRO DE SÃO MIGUEL VISITARAM TRÊS POSTOS DE SAÚDE NA CIDADE E FLAGRARAM A FALTA DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS

O secretário de Saúde do Município garante que a Prefeitura de Serra Talhada vem cumprindo sua parte ” e até mais do que isso”, diz ele e acrescenta: “não é fácil o município ter que arcar sozinho com todas as despesas”.

Segundo suas informações, o Ministério da Saúde destinou R$ 34 mil para a Farmácia Básica e o município entrou com R$ 156 mil enquanto Estado não aportou com nenhum centavo.

“Esta situação é que deve ser denunciada pelos vereadores. Eles devem nos ajudar a cobrar do Estado para que cumpra com suas responsabilidades, afinal, a irresponsabilidade do Governo Estadual é que vem penalizando a população carente, nós aqui nos esforçamos para atender nossa gente, afinal são nossos conterrâneos, os conhecemos e nos preocupamos com o bem estar de cada um”, desabafa o secretário de Saúde.

Para exemplificar melhor os esforços do município, Dr. Luiz Aureliano citou que existem as Farmácias Populares que vendem medicamentos com até 90% de descontos para as pessoas carentes, e, segundo ele, os funcionários da sua secretaria estão  instruídos em direcionar os pacientes para estas farmácias. “Quando acontece da pessoa não poder pagar nem mesmo os 10% do valor do medicamento, aí é só procurar a secretaria que nós arcarmos com esta despesa”, diz ele e apresentou fatura de R$ 6.900,00 paga pela SMS as Farmácias Populares neste mês de abril, referente a tais procedimentos.

O secretário lamenta no entanto, o “sensacionalismo” criado em torno da questão, segundo ele em nenhum momento negou a falta de medicamento nos postos e, já que os vereadores sabem da ausência do Estado nesta questão deveriam unir forças com o município para cobrar soluções.

Ainda segundo o secretário, outra questão levantada, no tocante ao transporte dos médicos do programa “Mais Médico”, é extremamente irreal, pois existe transporte para os médicos e não existe nenhum registro de atraso dos mesmos nos seus postos de trabalho devido a falta de transporte.

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