03-sequestro-2-drUm serra-talhadense viveu momentos de aflição após ficar por 24 horas em cárcere privado, dentro da própria casa, sob ameaças de um homem que conheceu pelas redes sociais. Um morador do Centro, de 33 anos, que pediu para não ter o nome revelado, procurou a redação do FAROL para denunciar um caso que foi vítima e alertar adolescentes e jovens sobre os perigos das redes sociais.

Após fazer amizade com um rapaz via WhatsApp e Facebook, a vítima se viu surpresa quando o suposto amigo viajou de Recife até a Capital do Xaxado, chegado aqui na semana passada. Com o endereço da vítima em mãos, o acusado – assumindo o nome de Wesley – entrou na casa aparentando ser uma boa pessoa. Mas, tudo não passou de encenação. Minutos depois, o rapaz fez ameaças de morte pedindo dinheiro e dizendo que estava armado.

“Eu tenho muitos amigos no Facebook e no Whatsapp, converso com muita gente. Conheci esse rapaz há uns três meses, ele se identificou como Wesley, que era estudante de psicologia e que mora em Recife. Agora eu não sei mais o que era verdade. Ele disse a mim que vinha passear aqui em Serra no sábado (2), mas chegou na quinta com três malas, disse que ia ficar aqui. Mas logo mudou, ficou agressivo, parecia um psicopata. Trancou a porta e começou as ameaças. Queria dinheiro, perguntou se eu tinha moto, carro e disse que estava com uma pistola 380”, relatou a vítima de de iniciais P.C.S.

AFLIÇÃO E RESGATESirene

De acordo com ele, após um dia e uma noite sob ameaças do “amigo”, conseguiu pedir socorro pelo celular e prestou queixa a polícia. “Ele gritava dizendo que ia atirar se eu fizesse qualquer coisa. Fiquei por um dia e uma noite nessa situação, não consegui reagir. Fiquei com muito medo, tinha certeza que ia morrer. Em um descuido consegui pedir ajuda a um amigo que enfrentou ele e conseguiu me tirar. Fomos direto para a delegacia, dei parte e a polícia foi lá na minha casa. Quando revistaram ele estava com uma escova de cabelo, foi com ela que ele fingia estar com uma arma”, relatou a vítima.

Ainda segundo P.C.S., o suspeito continuou as ameaças na frente dos policiais, que o revistaram e o encaminharam até a delegacia. Lá, ele prestou depoimento e depois foi acompanhado pelos policiais até a rodoviária, onde teria pego um ônibus de volta a capital pernambucana. Para a vítima, ficou a lição de que é fundamental não passar informações pessoais por rede social e não confiar em pessoas desconhecidas.

“Eu achei que estaria morto hoje. A polícia acompanhou esse sujeito até a rodoviária com destino a cidade que ele disse que mora, Recife. Precisamos aprender e dar exemplo, por isso eu vim aqui contar essa história para que outras pessoas não cometam o mesmo erro que eu cometi e passem por perigos”, aconselhou o serra-talhadense.