Do Metrópoles

 

O Papa Francisco defende a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) em seu novo livro, que será lançado nesta terça-feira (18/10) na Itália. A publicação, que teve trechos revelados pelo jornal italiano La Stampa, afirma que, diante da pandemia do novo coronavírus e da guerra na Ucrânia, a instituição “mostrou seus limites”.

Intitulada “Peço-vos em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança”, a obra do pontífice cita os últimos acontecimentos do mundo. “A guerra na Ucrânia voltou a evidenciar a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficientes de resolução de conflitos”, avalia Francisco, no texto.

“O mundo de hoje não é mais o mesmo e as instituições internacionais devem ser fruto do maior consenso possível”, escreveu ele sobre o papel das organizações internacionais, como o sistema das Nações Unidas.

“A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia, em que o atual sistema multilateral mostrou todos os seus limites. Com a distribuição das vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais do que a solidariedade”, escreveu Francisco. O Papa pede reformas orgânicas “para que as organizações internacionais recuperem sua vocação primordial de servir à população”.

 

Outros líderes também pedem a reforma

A reforma do Conselho de Segurança da ONU para incluir mais países nos assentos permanentes e rotativos é uma demanda antiga da política externa brasileira, que almeja ter um espaço no conselho. Na última Assembleia-Geral da ONU, o presidente Joe Biden fez uma defesa explícita da reforma do conselho durante seu discurso.