G1

A Turquia bombardeou na madrugada desta sexta-feira (28) posições do regime de Bashar al Assad após o ataque aéreo que matou pelo menos 33 soldados turcos na quinta-feira (27) em Idlib, no noroeste da Síria.

O ataque aéreo sírio ocorreu após rebeldes retomarem o controle da cidade de Saraqeb. As forças aéreas sírias, com apoio russo, tentam retomar Idlib dos rebeldes, que são apoiados pela Turquia.

Fontes do governo turco dizem que o ataque aéreo de quinta-feira pode ter partido de forças do presidente Bashar al-Assad ou de militares da Rússia, aliada do regime sírio.

A Rússia afirmou que as tropas turcas estavam lutando ao lado de “terroristas” na região de Behun quando foram atingidas, mas negou envolvimento na ação. Nesta sexta, Ancara rejeitou esse argumento.

“Quero ressaltar que nenhum grupo armado estava perto das nossas unidades militares no momento deste ataque”, declarou o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, citado pela agência pública Anadolu.

A Turquia advertiu o governo sírio para que se afaste dos postos de observação turcos em Idlib. O acordo firmado em 2018 com a Rússia para a região de Idlib prevê 12 postos de observação turcos na zona, mas vários já foram atacados pelas tropas sírias.

O agravamento da crise entre os dois países levou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a convocar uma reunião de emergência sobre a segurança na região. O ministro de Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, conversou com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, depois do ataque sírio, mas não há detalhes sobre o conteúdo da conversa.Stoltenberg fez um apelo pelo fim da escalada na região e condenou os ataques atribuídos às forças aliadas do regime sírio.