Do G1 Mundo

Uma onda de frio recorde e uma nevasca provocaram o fechamento do aeroporto de Bariloche, na Argentina, popular destino de inverno entre os turistas brasileiros. Durante o final de semana, as temperaturas chegaram ao recorde histórico de -25,4ºC, segundo a imprensa local.

Segundo a ANAC, autoridade de aviação civil argentina, o aeroporto de Bariloche ficou fechado durante a sexta (14) e o sábado (15). As operações foram retomadas apenas no domingo (16) e a maioria dos voos saiu com atraso da cidade.

Nesta segunda-feira (17), um incidente envolvendo um avião particular fechou a pista por mais algumas horas, gerando mais atrasos e tornando a situação de quem esperava para sair da cidade ainda mais complicada.

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Deickson de Oliveira, advogado de São Paulo, contou ao G1 que tenta, desde sábado (15), voltar para o Brasil. “Como nevou muito na quarta e na quinta-feira, verificamos que os voos de sexta-feira haviam sido cancelados e no sábado fomos à loja das Aerolíneas Argentinas para obter informações”.

Segundo o relato de Oliveira, após quatro horas na fila, o grupo com o qual viajava – composto por dez pessoas – recebeu uma senha para ser atendido no dia seguinte.

A previsão é que a família embarque na tarde desta segunda com destino a Buenos Aires. A conexão para São Paulo, que deveria ser de duas horas, vai durar dois dias.

“Precisamos reservar hotel em Buenos Aires contra a nossa vontade e por nossa conta”, diz ele, que calcula um prejuízo de mais de R$ 6.000. “Inicialmente a empresa nos ofereceu a conexão para São Paulo para o dia 22, e depois de muita insistência conseguimos remarcar para o dia 19”.

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Em sua página no Facebook, a Aerolíneas Argentinas afirma que não é possível programar voos extras para atender aos passageiros que estão presos em Bariloche e afirmou que a situação não é de responsabilidade da companhia, pois se trata de um problema meteorológico. A empresa disse ainda que vai reembolsar os passageiros afetados, como uma medida especial.

‘Bagunça generalizada’

Depois de passar sete dias na cidade, Oliveira descreveu a situação de Bariloche após a nevasca como uma “bagunça generalizada”.

A médica cearense Liduina Rocha também reforça as críticas ao aeroporto e à postura das companhias aéreas. “Entendo perfeitamente a dificuldade climática, o que não é possível entender é a forma de lidar com a questão, a falta de planejamento diante do ocorrido, o descuido com as pessoas. Não há plano específico para tirar as pessoas daqui”, comenta ela, que tenta embarcar para Buenos Aires desde sexta.