arabes_e_judeusDo G1

Após o Ministério da Educação de Israel banir o livro “Uma barreira viva” das escolas, a revista TimeOut Tel Aviv publicou nesta quinta-feira (7) um vídeo em resposta. Nele, seis casais israelenses e palestinos se beijam.

“Homens e mulheres, gays e heterossexuais decidiram fazer o ‘ato proibido’ e expressar o amor na frente de nossa câmera. Alguns deles eram casais, alguns apenas amigos, alguns nunca se encontraram antes da gravação. Judeus e árabes se recusam a ser inimigos”, diz o texto da TimeOut Tel Aviv. O vídeo tem mais de 100 mil visualizações.

O romance “Uma barreira viva”, da escritora Dorit Rabinyan, fala sobre a relação de amor de uma mulher judia com um homem palestino. O ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido nacionalista religioso Lar Judaico, proibiu a obra por considerar que encoraja a “assimilação”.

Polêmica
Dorit Rabinyan tinha passado quase despercebida com seu último livro até que vários professores de literatura hebraica pediram ao ministério para inclui-lo na lista de recomendados para os níveis avançados do ensino médio.

Os membros da comissão acadêmica pertinente lhe deram o selo de apto, mas dois altos funcionários do ministério consideraram que era inadequado e ordenaram que o título fosse apagado da lista, para o que contaram com o apoio de Bennett.

À campanha de protesto se somaram escritores de renome internacional como A.B. Yehoshua (“Me sinto ultrajado”), Hayim Beer (“Daria a Bennett o título de membro honorário da Lehavá”, uma organização de extrema-direita) e Natan Zach (“O ministro da Educação é tolo e com os tolos não há nada o que fazer”).