Do JC Online

Com a divulgação das pesquisas eleitorais, o dólar continuou sua trajetória de alta nesta terça-feira (21). A moeda norte-americana atingiu, no fechamento do dia, o valor de R$ 4,049, a mais alta cotação 18 de fevereiro de 2016. A alta de 2,01% nesta terça-feira foi a quinta consecutiva, com o dólar acumulando valorização de 4,40% no período.

Por volta das 14h, o dólar chegou a ser encontrado a R$ 4,28 nas casas de câmbio, segundo levantamento da site MeuCâmbio.com.br.

Já o dólar comercial ultrapassou a marca dos R$ 4 às 15h30. Às 15h55, operava a R$ 4,0218 – maior cotação desde 19 de fevereiro de 2016, quando atingiu máxima a R$ 4,0634 durante a sessão.

A moeda norte-americana chegou a R$ 4 pela primeira vez na história em 2015, no dia 22 de setembro.

O patamar inédito foi atingido naquele pregão por conta do risco político no País. A preocupação com a crise fiscal brasileira dominava o mercado e a avaliação dos investidores era que o governo da então presidente, Dilma Rousseff, não seria capaz de passar ajustes no Congresso.

O dólar comercial é utilizado por empresas, bancos e governos para operações no mercado de câmbio, como transferências financeiras, exportações, importações, entre outros.

Já o dólar turismo é utilizado para viagens, transações de turismo no exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. Ele é mais caro pois é calculado com base no dólar comercial mais os custos das casas de câmbio com questões logísticas, administrativas e com seguro em caso de roubo, uma vez que as transações com dólar turismo são feitas em “dinheiro vivo”. Já as transações com dólar comercial são feitas de forma eletrônica.
(Des)Valorização da moeda

Segundo consultores ouvidos pela agência de notícias espanhola EFE, desde 13 de agosto, o dólar teve valorização de 3,66%.

A desvalorização do real coincidiu com a divulgação de novas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República na segunda-feira (20) e com a indefinição do cenário político a dois meses do pleito.

O analista Rafael Omati, da consultora Guide Investimento, afirmou que o mercado teme a liderança de candidatos considerados menos comprometidos com a reforma tributária.